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Jd.Santo André tem 1.937 casas em risco

Prefeitura e a CDHU firmaram ontem, em audiência pública, um convênio emergencial para a remoção dos moradores

Loli Puertas
Do Diário do Grande ABC
06/11/2009 | 08:11
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Um laudo concluído pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) apontou que há 1.937 moradias em área de risco no Jardim Santo André, em Santo André, sendo que 560 delas foram classificadas como alto risco. A Prefeitura de Santo André e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) devem firmar um convênio emergencial até o final da próxima semana para iniciar a remoção dos moradores.

O secretário de Habitação, Frederico Muraro Filho, disse, ontem, durante audiência pública na Câmara, que a Defesa Civil de Santo André apontará as prioridades, e a retirada das famílias estará atrelada à transferência para construções definitivas. "No início do ano, o presidente da CDHU (Lair Krähenbühl) anunciou um investimento de R$ 200 milhões para Santo André, e precisamos de, no mínimo, 24 meses para a construção dos prédios", afirmou o secretário.

Muraro prometeu que, enquanto as obras não ficarem prontas, as famílias poderão ser beneficiadas pelo auxílio social no valor de R$ 380 (previsto por lei municipal), para pagar aluguel. Ou ainda, poderão ser transferidas para núcleos provisórios. Segundo Muraro, este processo será definido no convênio prometido.

Assessor do presidente da CDHU, Antonio Lajarim garantiu ontem durante a audiência que "ninguém deixará o local sem atendimento adequado." "Houve uma ocupação desordenada, mas entendemos que ninguém se submete a morar em uma área se não for por necessidade. Agora temos de garantir que não haverá novas invasões."

TENSÃO - Entre os moradores das áreas classificadas como de risco, o clima é de tensão. Eles temem ter de deixar suas casas e ir para alojamentos precários, como ocorreu com 15 famílias abrigadas em uma creche inacabada e outras três que foram instaladas em um precário acampamento.

"Nunca soube que morava em uma área de risco. Há um mês entrei no cadastro (da CDHU), e me disseram que teria de deixar minha casa. Se tivesse a escritura ela estaria avaliada em R$ 90 mil ", disse o operador de máquinas Dorieson Santana, 32, morador da Rua Gregório de Matos há 20 anos.      




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