Setecidades Titulo Santo André
Obras de ampliação do aterro de Sto.André devem durar 3 meses

Se os prazos forem cumpridos, o novo equipamento poderá ser inaugurado ainda no 1º trimestre de 2010

Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
22/10/2009 | 07:33
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A previsão do Semasa é concluir as intervenções que possibilitarão a utilização da nova área do aterro em até 90 dias, a partir da licença de instalação emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. O órgão informou que se o Semasa encaminhar todas as informações do projeto, a emissão do documento seria rápida, mas não detalhou quanto tempo é necessário.

Se os prazos forem cumpridos, o novo equipamento poderá ser inaugurado ainda no primeiro trimestre do ano que vem.

O local é ocupado atualmente pela seção administrativa do depósito e por duas cooperativas de reciclagem de lixo que serão removidas.

Com uma sobra do aterro atual, mais o espaço de 6.000 metros quadrados - cuja utilização foi aprovada ontem pela Cetesb - o Semasa teria um fôlego de aproximadamente oito meses para o depósito de resíduos. O objetivo da autarquia, no entanto, é começar a operar a nova área antes de esgotar as reservas.

REFLORESTAMENTO - Para as obras de adequação do novo aterro, o Semasa terá de derrubar 348 árvores. Em contrapartida, o superintendente Angelo Pavin afirmou que serão plantadas 4.000 mudas no Parque Natural do Pedroso.

Discussão sobre ampliação foi postergada por governo anterior

Em maio, quando a discussão sobre o fim da vida útil do aterro de Santo André ganhou força, o líder da bancada do PT, Jurandir Gallo, admitiu que a discussão foi postergada pelo prefeito anterior, o petista João Avamileno. "A discussão do aterro de Santo André vem sendo adiada há muitos anos. Não é de agora. O que acontece é que, recentemente, houve a redução do lixo reciclado e começaram a jogar entulho no aterro. Então ele está tendo sua vida reduzida drasticamente", disse ao Diário, na época.

O aterro de Santo André, único equipamento sanitário público da região, ocupa uma área de 217 mil metros quadrados. O local já enterrou cerca de 4,2 milhões de toneladas de lixo e abriga hoje uma montanha feita de 90 metros de detritos.

Em março, a Cetesb rejeitou o pedido de ampliação do aterro. No mês seguinte, o Semasa anunciou que a terceirização do serviço seria inevitável. Em maio, a autarquia solicitou a autorização para utilizar a área de 6.000 metros próxima ao terreno, liberação que ocorreu somente ontem. (Do Diário do Grande ABC)

Os municípios da região gastam R$ 51,6 milhões por ano para coleta, transporte e descarte das 2.000 toneladas diárias de lixo produzidas pelos 2,5 milhões de habitantes do Grande ABC.

Semasa prevê ‘usina do lixo' para destino final dos resíduos

O superintendente do Semasa, Angelo Pavin, disse ontem que a autarquia planeja implantar uma espécie de ‘usina do lixo' em Santo André, que transformaria os resíduos em energia, vapor ou gás, e que atenderia toda a região. O equipamento deverá funcionar em uma área de 151 mil metros quadrados, próxima ao aterro, a ser desapropriada pelo poder público.

O projeto atende a exigência do Consema que prevê a apresentação de um plano de solução ambiental definitiva para os resíduos depositados após cinco anos, a partir da emissão de licença de instalação do equipamento. "O aterro é só uma parte, talvez a menor de todas. Vamos apresentar o plano antes do tempo estimado, mas ainda estamos conhecendo tecnologias e buscando parceiros", diz Pavin. Segundo o superintendente, a usina custaria entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões, e já há pelo menos cinco interessados na parceria.

A ideia é que a ‘usina do lixo' apresente destinos ambientalmente corretos diferenciados para ferro, borracha, pilha, pneu, bateria de celular, entre outros resíduos domésticos.

O terreno vai abrigar as duas cooperativas de lixo que hoje ocupam a área de 39,8 mil metros quadrados que será aproveitada para ampliação do aterro. (Vanessa Fajardo)




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