A deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB), relatora da comissão especial de admissibilidade do impeachment contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), pediu o arquivamento do processo. A parlamentar, que também é presidente do PSDB no Rio Grande do Sul, precisou de apenas cinco dos dez dias que tinha de prazo para elaborar o parecer entregue na noite de anteontem ao presidente da comissão, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP).

Na análise, a tucana entendeu que "não está presente justa causa a autorizar a admissibilidade do pedido de instauração de processo por crime de responsabilidade contra a governadora do Estado". Pela norma, o parecer de Zilá será votado amanhã na comissão e numa das primeiras sessões da semana que vem no plenário.

Os aliados de Yeda prometem fazer valer a maioria de 17 a 12 na comissão e de 34 a 20 no plenário para encerrar o assunto com a maior brevidade possível e evitar mais desgastes à tucana, que seguirá enfrentando uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal e uma CPI que investiga corrupção em sua administração.

O pedido foi protocolado por integrantes do Fórum dos Servidores Públicos do Estado no dia 9 de julho e acolhido para análise pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), em 10 de setembro.