Quem desrespeita os direitos das pessoas com deficiência, além de correr o risco de ser multado pelos fiscais e autoridades policiais, agora também está sob vigilância dos guardiões da ONG Associação de Defesa dos Direitos da Cidadania, de Santo André.

Desde domingo, 60 guardiões ‘multam' motoristas que ocupam vagas de estacionamentos públicos e privados para idosos ou pessoas com deficiência. Os estabelecimentos comerciais também estão na mira dos guardiões. Quem não oferece acessibilidade com rampas e banheiros adaptados pode ser ‘notificado' a qualquer momento.

Os guardiões recebem talões com as multas e não há limite para aplicação. O documento não tem validade legal, mas o objetivo do trabalho é sensibilizar a população. "É uma multa de consciência, uma ferramenta para exercitar a lei e exigir que o poder público cumpra o papel dele", explica a presidente da ONG, Heleni de Paiva.

A auxiliar administrativa Maria Cristina dos Santos, 45 anos, tornou-se guardiã anteontem, porque tem um filho de 11 anos que usa cadeira de rodas e diz passar por diversas situações de desrespeito. "A impunidade faz com que as pessoas não se preocupem em respeitar as leis."