Política Titulo São Bernardo
Otávio e Alex Manente sofrem ação de ex-aliada

Vereadora derrotada Otília Azevedo foi candidata
pelo PPS e teve de sair da sigla durante eleição

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
25/09/2009 | 07:44
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Aliados ontem, inimigos hoje. Fato comum na política atinge desta vez o deputado estadual Alex Manente (PPS) e seu pai, o presidente da Câmara de São Bernardo, Otávio Manente (PPS), que estão sendo processados pela candidata a vereadora derrotada Otília Azevedo, que disputou a eleição no ano passado pela sigla.

A empresária acusa os políticos de divulgarem informações inverídicas durante as eleições, o que teria prejudicado suas pretensões de conquistar vaga no Legislativo municipal. Eles disseram em meados de setembro do ano passado que a então candidata fora expulsa da legenda, o que, segundo argumento da defesa na ação, não se efetivou.

Mesmo depois do anúncio da saída de Otília da sigla, ela continuou na disputa eletiva, na qual obteve 693 votos. A alegação é de que os sufrágios foram computados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo PPS. O advogado da empresária, Vladimir Alves, afirma inclusive que ela é filiada até hoje ao partido.

O objetivo do processo é obter da família Manente, que dirige a legenda na cidade, retratação pública retificando a afirmação de que foi afastada. A empresária pede indenização financeira, a ser definida pelo juiz Luiz Fernando Pinto Arcuri da 4ª Vara Cível de São Bernardo.

O advogado da ex-candidata ressalta que ela não impetrou ação eleitoral ainda no ano passado por considerar uma questão pessoal. Em 2008, Alex esteve na disputa pelo Paço e Otávio foi companheiro de chapa de Otília na busca por uma cadeira da Câmara. O deputado e o vereador não foram encontrados para comentar o assunto.

PREVIDÊNCIA - A decisão da cúpula do PPS de expulsar Otília Azevedo fora tomada por seu suposto envolvimento em fraudes na concessão de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ao lado de outras 20 pessoas.

A PF (Polícia Federal) chegou a decretar prisão temporária da empresária, por estelionato qualificado, pois fazia parte da quadrilha que cometia as irregularidades. Segundo o órgão de segurança, o bando realizava falsa perícia e concedia benefícios para pessoas que não tinham direito e, com isso, ficava com parte dos repasses.

O processo de investigação começou depois de denúncia anônima feita ao Ministério da Previdência, comandado à época por Luiz Marinho (PT), que venceu a eleição de 2008 à Prefeitura de São Bernardo. Segundo o advogado de Otília, o inquérito policial foi paralisado por falta de provas.




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