O vice-presidente de países do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Roberto Vellutini, afirmou ontem que a decisão da Moody's de conceder o selo de investment grade (grau de investimento) ao Brasil deve contribuir para a atração de investimentos externos. "O terceiro selo do Brasil melhora muito a condição do País, o que deve contribuir para que investimentos que haviam sido retirados no período pré-crise voltem ao País."

Para o BID, no entanto, o upgrade pela Moody's não trará mudanças às atividades já desenvolvidas no Brasil. "O nosso ponto de vista, não muda nada. Não é porque o Brasil tem agora três selos de investment grade que ele não precisa mais do BID",afirmou. "Acho que a decisão da Moody's terá mais efeito no setor privado do que no setor público."

Já a vice-presidente do Bird (Banco Mundial) para América Latina e região caribenha, Pamela Cox, diz que a decisão da Moody's confirma as duas lições que foram aprendidas com a crise financeira: que nenhum país pode ser livre da crise, mas que aqueles que têm reduzido sua dívida e trabalhado com superávit sofreram menos os efeitos da turbulência internacional.