Política Titulo Eleições
Lula aposta em campanha de alto nível
17/09/2009 | 07:53
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Em um dos discursos mais descontraídos de seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou quarta-feira que a disputa presidencial de 2010 terá nível muito melhor do que as campanhas anteriores. Em discurso que durou 52 minutos, na sede do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Lula disse que os atuais pré-candidatos à Presidência da República são todos de origem de esquerda. "Pela primeira vez, não vamos ter um candidato de direita na campanha. Não é fantástico isso?", declarou o presidente.

Lula disse que os quatro ou cinco candidatos que forem apresentados pelos partidos vão ter o desafio de discutir novos temas. Na avaliação dele, questões como desemprego, dívida externa e inflação ficarão para trás. "O grande desafio das eleições vai ser o futuro, quem vai fazer a melhor proposta de futuro para o País", disse. Entre os temas que deverão dominar os debates, o presidente citou mudança climática, pré-sal e Educação.

Ele fez um balanço das últimas campanhas presidenciais, ressaltando que os ex-adversários nas eleições passadas, como Fernando Henrique Cardoso (em 1994 e em 1998) e José Serra em 2002, garantiram processos eleitorais com nível elevado. Lula não perdoou Geraldo Alckmin, seu adversário em 2006. "Começou a melhorar comigo e com Fernando Henrique Cardoso. Depois, eu e Serra também. Mas depois, eu e o Alckmin, aí baixou o nível por conta dele", afirmou.

Ao comentar ações de seu governo, Lula disse que foi alvo de "avacalhações e zombarias" em pelo menos dois momentos. Primeiro, segundo o presidente, foi durante visita à fabrica da Ford, em São Paulo, em 2003, quando avaliou que o País viveria um "espetáculo do crescimento". "Naquele ano, o Brasil acabou crescendo 5,8% e ninguém teve humildade de me ligar e pedir desculpas. É a minha vingança. Avacalham a vida das pessoas e não pedem desculpas", desabafou.

Lula também reclamou das críticas que recebeu quando fez avaliações otimistas em relação à crise financeira, no ano passado. "Hoje, há uma unanimidade mundial de que o Brasil é o País que está se saindo melhor da crise", afirmou.




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