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Começa hoje a segunda parte do 'É Tudo Verdade'
31/08/2009 | 07:10
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Em abril, no encerramento da 14ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, Amir Labaki comemorava, mais do que o recorde de público, o fato de haver atingido uma de suas proposições. A ideia de dividir o festival em duas partes, primeiro exibindo as mostras competitivas nacional e internacional e deixando para o segundo semestre as sessões especiais como Estado das Coisas (e as homenagens), surgiu um pouco como pressão das dificuldades de patrocínio, mas também favoreceu o que já era uma decisão amadurecida. Com tantas seções - e sessões -, Labaki deu-se conta de que estava podendo exibir os filmes apenas uma vez. Ele queria dar ao público mais de uma chance para ver obras que, muitas vezes, dispõem somente da vitrine do É Tudo Verdade para passar no País. O formato deu certo. Começa hoje e vai até a próxima segunda-feira. em São Paulo, a segunda parte do 14º É Tudo Verdade.

Na Capital paulista, o festival ocorre na Sala Cinemateca, A abertura, para convidados, é com Praça da República, de Louis Malle. No Rio, de 4 a 12, a sede será o Instituto Moreira Salles.

Quem acompanha o É Tudo Verdade, sabe que a mostra Estado das Coisas é a informativa do evento, aquela em que passam os filmes mais diretamente ligados à discussão - e indagação - de temas políticos e sociais.

Além dela, o festival presta as homenagem. Neste ano, o escolhido foi Arraial do Cabo, de Paulo César Saraceni. Só isso já seria um presentão, mas tem mais. Amir Labaki fez questáo de incluir documentários de Louis Malle - precursor da nouvelle vague (com Ascensor para o Cadafaldo) e conhecido como grande diretor de ficção. Dele, serão exibidos dois episódios da série A Índia Fantasma, de 1969, e Humano, Demasiadamente Humano, de 1974.

Dois documentários nacionais inéditos vão fazer sensação na mostra O Estado das Coisas - Fordlândia, de Daniel Augusto e Marinho Andrade, reconstitui a história da cidade erguida no Pará, nos anos 1920; e Ecos, de Pedro Henrique França e Guilherme Manechini, investiga o até hoje misterioso assassinato de Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, prefeito de Campinas, em 2000.

Estado das Coisas põe foco no Irã por meio de três documentários, com destaque para The Queen and I, de Nahid Persson, que entrevista a ex-imperatriz Farah Diba. Nahid foi às ruas pela deposição do Xá, mas teve de viver no exílio. Mais informações pelo www.etudoverdade.com.br.




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