Política Titulo Mauá
Oposição pede investigação ao Ministério Público
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
05/08/2009 | 07:30
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A oposição ao prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), começou o segundo semestre de trabalhos do Legislativo sinalizando que não deve dar tréguas ao petista. Atila Jacomussi (PV), Alberto Betão Pereira Justino (PSB), Manoel Lopes (DEM) e Silvar Silva Silveira (PV) protocolaram ontem no Ministério Público, no setor de crimes de prefeitos, pedido de investigação sobre possíveis irregularidades na divulgação do livro-caixa da cidade.

"No começo do ano, já havíamos avisado o MP que o Oswaldo não estava divulgando os valores em caixa e ele disse que regularizou a situação. Entretanto, os últimos balancetes só saíram 20 dias depois da data e com erros inadmissíveis nas informações", justificou Atila.

Nos documentos enviados pelo Executivo à Câmara, os relatórios dos dias 1º e 2 de julho só foram divulgados no dia 22 do mesmo mês, enquanto o balanço do dia 3 foi publicado no dia 20 de julho, o que quebrou a ordem cronológica do balanço.

"Ele deve ter bola de cristal para poder saber dois dias antes dos outros balanços serem concluídos quanto teria em caixa", ironizou Atila, que pede a abertura de processo de improbidade administrativa contra o prefeito.

Outro problema é a divergência no valor que deveria constar no caixa. Segundo os balanços, o caixa teria pouco mais de R$ 105 milhões. No entanto, os valores da soma divergem em pouco mais de R$ 400 do fechamento no dia 2 de julho para o valor do dia seguinte.

Atila critica ainda o fato de os problemas com as finanças se arrastarem há vários meses. "O Oswaldo teve desde o início do ano para regularizar a situação do livro- caixa e ainda não o fez. Estamos de olho e não vamos aliviar. Se está errado, queremos correção", disse.

O especialista em Direito Público Tito Costa alega que, apesar de o ato constituir irregularidade, não há motivos para que Oswaldo enfrente uma nova ação. "Deve ter ocorrido uma distração do pessoal. Não é um erro grave, é apenas um equívoco da Secretaria de Finanças. O prefeito pode corrigir isso com a publicação de uma explicação. Não caracteriza ato de improbidade, é apenas um erro leve."

Procurado, o secretário de Finanças de Mauá, Orlando Fernandes, não retornou as ligações do Diário até o fechamento desta edição.




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