Depois de dois meses sem receber pelo trabalho prestado em Santo André, a FUABC (Fundação do ABC), contratada pela Prefeitura para gerir serviços de Saúde na cidade, recebeu ontem parte do dinheiro devido pela administração, cerca de R$ 8 milhões.

Outros R$ 90 mil, resultado dos juros acumulados, continuam pendentes. Segundo o presidente da FUABC, Marco Antonio Espósito, o resíduo da dívida será negociado. "Acredito que até o final de agosto deva estar tudo regularizado", diz.

Espósito aponta não ter sido falta de dinheiro o motivo para a Prefeitura não ter feito o repasse da verba dentro do prazo. O presidente da FUABC acredita que o atraso se deva a adaptações dos funcionários da nova gestão à burocracia do processo.

Não é a primeira vez que Santo André deixa de pagar pelos serviços de Saúde prestados pela Fundação. O pagamento de janeiro e fevereiro deste ano foi feito apenas em março.

A Prefeitura confirmou o pagamento, mas não quis se pronunciar sobre a demora em quitar a dívida.

Por meio de seu braço de ensino, Faculdade de Medicina do ABC, e da Central de Convênios, a FUABC faz a gestão clínica do Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein e de outros 13 planos de trabalho, entre Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), saúde mental, Centro de Saúde-Escola do Parque Capuava, UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Luzita e várias especialidades no CHM (Centro Hospitalar Municipal).

Mesmo sob a sequência de atrasos no pagamento, Espósito afirma que a Fundação continuará a prestar serviços a Santo André - diferentemente do ocorrido em Diadema, onde o contrato foi rompido há dois meses por falta de pagamento.

Em Mauá, a FUABC discute com a Prefeitura assumir a gestão do Hospital Nardini. Entidade e administração debatem os custos da terceirização estimados em pelo menos R$ 4,5 milhões.