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Medo de multas faz bar se adaptar rapidamente à lei antifumo
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
14/07/2009 | 07:47
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Com medo de pagar multas de até R$ 3.000, bares e restaurantes do Grande ABC correm para se adequar à lei antifumo, que entra em vigor em 7 de agosto. Segundo Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária de São Paulo, serão ao todo 2.500 fiscais em todo o Estado, sendo que 500 deles foram contratados inicialmente para fazer blitze educativas.

Entre as medidas já adotadas pelos bares estão retirada de cinzeiros das mesas, permissão para fumar só do lado de fora dos estabelecimentos, instalação de placas proibitivas e treinamento de funcionários.

Pela lei que bane o fumo em todos os lugares fechados - públicos ou privados -, até bitucas ou indício de fumaça pode servir como evidência para autuação, o que preocupa os donos dos comércios. A reincidência levará à suspensão de atividades por até 30 dias (renováveis).

A regra acaba com os fumódromos e indica que fumar só é permitido na casa do fumante, em espaços ao ar livre e vias públicas. Entre as exceções estão locais específicos, como charutarias e em áreas de cultos religiosos em que o fumo faça parte do ritual.

Maria Cristina acredita que a lei irá funcionar porque os bares ajudarão na fiscalização. "Nossa primeira avaliação foi muito boa. Muitos estabelecimentos já tomaram providências para a adequação à lei antifumo."

A Secretaria da Saúde realizou visitas educativas a 3.861 bares e restaurantes do Estado - 1.403 em São Paulo e 146 no Grande ABC - e revelou que 81% dos estabelecimentos visitados já estão em processo de adaptação.

J. Xavier Rodrigues, gerente de uma choperia em São Caetano, afirma que a multa deveria ser do fumante e não do estabelecimento. "Acho muito injusta essa lei que pune os bares. Não sei nem como vou falar com os clientes."

Segundo o barman Adailton Hungria, de São Bernardo, as medidas são educativas para que o cliente já vá se adaptando às mudanças. "Estamos explicando as novas medidas para que não haja conflito quando a lei entrar em vigor."

João Batista, gerente de outro bar de São Bernardo, disse que todos os funcionários passam por treinamento para se adaptar. "Já tiramos os cinzeiros das mesas e, por enquanto, só colocamos de volta se alguém pede. Quando a lei entrar em vigor, ficaremos atentos. Se o cliente não apagar o cigarro, teremos de chamar a policia", afirmou.

Daniel Salvador, gerente de uma galeteria de São Caetano, disse que ainda estuda como irá se adequar. "Não temos como driblar a lei, porque é o estabelecimento que será multado. Dependendo do valor da multa, poderá ficar inviável", afirmou.




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