O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) de São Paulo, Adi dos Santos Lima, apoia a pauta de reivindicações do Sindserv (Sindicato dos Servidores) de São Bernardo e afirmou ontem que o reajuste da inflação no salário "é sagrado" e a categoria "não tem como abrir mão disso". O sindicato é filiado à entidade.
A porcentagem inflacionária dos últimos 12 meses está em 5,2%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A Prefeitura, por sua vez, não fez proposta alguma aos trabalhadores. A defasagem nos últimos anos chega a quase 50% dos vencimentos.
"A categoria está atuando numa causa justa. Temos de lutar pelo repasse e por aumento real. Se não vier tudo de uma vez, tem de ser pelo menos de maneira parcelada", defende Lima, ao ressaltar que a abertura de mesa permanente de negociação por parte da administração "já é um avanço".
O sindicalista observa que mais dinheiro no bolso do trabalhador gera um "circuito" benéfico, inclusive para enfrentar a crise financeira internacional. "Com mais recursos, há mais compras, mais produção, mais emprego e mais renda."
Sobre a posição do prefeito Luiz Marinho (PT), ex-presidente da CUT e ex-ministro do Trabalho e que ofereceu 0% de reajuste, Lima frisa que devem ser evitadas comparações acerca de suas atitudes. "Quando estava do outro lado fez bem o seu papel. E agora tem de preservar a Prefeitura."
O Sindserv fará manifestações até sábado para sensibilizar o Executivo e ameaça entrar em greve geral.
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