A expectativa do governo municipal em levar à primeira votação o projeto do Executivo de Santo André que altera a LOM (Lei Orgânica do Município) durou somente até metade da sessão da Câmara de ontem.

Durante o expediente os parlamentares se reuniram pela segunda vez com o chefe de gabinete Walter Roberto Constantino Torrado, o Beto Torrado, e o secretário de Orçamento e Planejamento Participativo, Arnaldo Augusto Pereira, para sanar as últimas dúvidas da proposta.

Contudo, a discussão se prolongou mais que o previsto e invadiu o horário reservado para a realização de uma sessão solene em homenagem ao ensino adventista. Ao retornarem ao plenário, por volta das 19h30, o local estava repleto de crianças, pais e professores que participariam do ato.

A bancada governista ainda tentou votar, mas em meio a reclamações dos munícipes, preferiu adiar para amanhã.

A alteração na LOM estipula a adequação da lei municipal aos moldes das constituições estadual e federal. Com ela, o prefeito Aidan Ravin (PTB) poderá governar por decreto, desde que não gere despesas aos cofres públicos.

Na semana passada, os vereadores propuseram uma emenda, que também não foi bem aceita pela oposição formada pelos seis vereadores petistas, que já afirmaram votar contra. Com a emenda, o prefeito poderá apenas criar e extinguir secretarias sem o crivo do Legislativo.