Os piscinões da região têm capacidade para armazenar cerca de 4,2 milhões de metros cúbicos de água
O superintendente do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), Ubirajara Tannuri Felix, apresentou segunda-feira, em reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC dez novas áreas para a construção de piscinões na região. O interesse do departamento do governo estadual foi exposto aos prefeitos, encarregados agora de viabilizar a cessão dos terrenos.
Os piscinões da região têm capacidade atual para armazenar cerca de 4,2 milhões de metros cúbicos de água. É algo que se mostra insuficiente, e um bom exemplo foram as chuvas de março, responsáveis por sérios transtornos aos moradores da região.
O déficit de armazenamento atual é de 2,5 milhões de metros cúbicos de água. Caso sejam construídos, os novos reservatórios praticamente duplicarão a capacidade atual para 8,2 milhões. O Estado está disposto a investir R$ 300 milhões nessas obras nos próximos quatro anos, mas depende da liberação dos terrenos.
Entre as cidades, Santo André é aquela com maior número de áreas indicadas. São cinco terrenos, nos córregos Oratório, Cassaquera, Apiaí, Guarará e na Avenida dos Estados (em frente à Craisa). São Bernardo ficaria com um novo reservatório no Km 13,5 da Rodovia Anchieta e outros dois no Ribeirão dos Meninos, próximos ao Paço Municipal. Diadema receberia novo piscinão no Córrego Serraria e teria a ampliação daquele já existente no Ribeirão dos Couros.
Em caso de objeção, o Daee conta com outras sugestões para tornar realidade os piscinões. "Eles se comprometeram a estudar outras soluções, caso estas áreas não possam ser contempladas. Haverá ainda reunião com cada município", disse Felix.
Apesar de os terrenos indicados resolverem o problema das enchentes na região, há ainda o risco de as áreas não serem viabilizadas, por estarem em regiões nobres e nem todas serem públicas. Os prefeitos se comprometeram a verificar a viabilidade da liberação.
Os futuros projetos de reservatórios não foram os únicos a movimentar a pauta de discussões entre o Daee e os prefeitos. A destinação de entulho recolhido dos piscinões voltou à discussão no Consórcio Intermunicipal.
Originalmente, o Estado era responsável apenas pela construção dos reservatórios, que deveriam ser mantidos exclusivamente pelas prefeituras. Posteriormente, o departamento estadual ficou responsável também pela manutenção e limpeza, restando aos municípios a disponibilização de local para descarte.
No ano passado, o Daee assumiu tanto a manutenção, quanto a limpeza e local para deposição do lixo. Os gastos excessivos têm preocupado o Daee, que pede a colaboração das prefeituras. "É preciso que apresentem área para ser licenciada e destinada para o entulho. Hoje, os detritos são dispensados há 70 quilômetros da região e os custos são elevados", disse o superintendente Ubirajara Tannuri Félix.
Presidente do Consórcio Intermunicipal e prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB) afirmou que, apesar do pedido de Félix, ainda está clara a responsabilidade atual do Daee sobre o problema. "Eles têm executado aquilo que foi afixado no contrato", apontou.
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