Política Titulo Para 2016
Rubinelli abre mão de lançar Cássia a deputada em 2014
Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
18/03/2013 | 09:13
Compartilhar notícia


Sem a mesma força política dentro do PT, o vereador de Mauá Wagner Rubinelli (PT) desistiu do projeto de emplacar a mulher Cássia Rubinelli (PT) à candidatura de deputada federal. Ainda buscando o terreno perdido no partido, o parlamentar cogita abrir caminho para a mulher regressar à Câmara na eleição de 2016.

Em janeiro, Rubinelli revelou ao Diário a pretensão de lançar Cássia para disputar uma das 513 cadeiras na Câmara dos Deputados. Dois meses depois, o vereador recuou. "Para deputado federal, é necessário o PT ter uma campanha mais regionalizada. Se cada cidade lançar deputado federal, a região corre o risco de ficar sem representação. Então retiramos o nome da Cássia para essa disputa", pontua.

A postura cautelosa de Rubinelli ocorre justamente quando o seu grupo político busca o lugar de destaque no petismo. Atualmente, o parlamentar não tem representatividade no diretório municipal do partido. Além disso, outras alas, hoje mais fortes no PT, podem pleitear uma vaga no Congresso Nacional em 2014. Entre elas está o vice-prefeito Hélcio Silva (PT), atualmente primeiro suplente de deputado federal.

Rubinelli era um dos principais nomes do PT entre as décadas de 1990 e 2000, colecionando três passagens no Legislativo municipal. Em 2003, o então vereador arrumou as malas para Brasília e, como suplente a deputado federal - teve 81.339 votos um ano antes -, assumiu a cadeira deixada por Ricardo Berzoini, que se tornou ministro da Previdência. Para manter a representatividade da família no Parlamento mauaense, ele lançou Cássia à vereança no pleito de 2004. Ela se elegeu com a adesão de 3.891 eleitores.

Ao mesmo tempo em que se ascendia na carreira política, aumentavam os atritos internos com PT. Em 2005, o casal saiu do partido, enquanto ocorria o ápice do escândalo do Mensalão durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para muitos petistas, esse foi um ato de traição à sigla.

Rubinelli ingressou ao PPS, mas não repetiu os mesmos feitos e falhou em nova empreitada para candidatura a deputado federal em 2006 e tampouco teve êxito para vereador em 2008 - conseguiu 2.781 votos - quando Cássia abriu mão da reeleição na Câmara para ajudar o marido.

"Entrei na vaga que era dela. Tratava-se da minha sobrevivência política", avalia Rubinelli, que enxerga a eleição de 2008 como uma base para se manter forte para 2012, já de volta ao PT, com 2.897 sufrágios, e ingressar no seu quarto mandato no Legislativo.

Hoje, o vereador avalia a possibilidade de abrir novamente espaço para Cássia na Câmara na eleição municipal de 2016. "Não preciso estar na Casa para fazer política. Poderia ocupar um cargo técnico em alguma secretaria (no futuro), talvez na administração (do prefeito) Donisete (Braga) ou em outras cidades", projeta.

 

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;