Esportes Titulo Série A-2
Sto.André vive
montanha-russa

Equipe do Ramalhão sofre com os altos e baixos e vê
ameaçada sua classificação na Série A-2 do Paulistão

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
15/03/2013 | 07:03
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O Santo André vive como verdadeira montanha-russa no Campeonato Paulista da Série A-2. Inicialmente apontado como um dos postulantes à briga contra o rebaixamento, embalou e se transformou em favorito a uma das oito vagas à segunda fase. As derrotas para Guaratinguetá e Red Bull, além do empate sofrido no fim para o São José, nas três últimas rodadas, mostram a inconstância ramalhina que, mesmo assim, ainda crê na classificação.

"Sabíamos que no começo do campeonato teria dificuldade. O elenco foi formado no início de janeiro e só depois evoluiu, encaixou e conseguiu resultados até surpreendentes que nos levaram a pensar e ter situação real de classificação para o octogonal final", afirmou o diretor de futebol Juraci Catarino que, no entanto, descartou que o time viva cercado por reviravoltas. "Não é isso. O campeonato é difícil e sabíamos que precisávamos recuperar por não ter criado gordura no começo. Nosso principal problema é tomar muitos gols e isso acaba criando desconforto."

O começo ruim na Série A-2, quando somou apenas cinco pontos em seis jogos - e, inclusive, custou o cargo de Ademir Fonseca - é um dos argumentos apontados pelo dirigente como fundamental para que o Ramalhão, hoje, esteja tão perto e ao mesmo tempo tão longe do G-8 (está a apenas três pontos, mas em 12º, ou seja, com três equipes entre ele e a zona de classificação).

"As equipes que conseguiram acumular pontos no começo, como Rio Claro e Osasco, hoje, mesmo com resultados adversos seguidos, seguem dentro do G-8. Mas ainda há tempo para nós e vamos continuar lutando. Claro que o resultado (em São José dos Campos) nos deixou chateados pela situação. Um resultado de vitória nos permitiria decidir em casa a classificação. Mas, agora, vamos buscar contra o Comercial", projetou, visando o duelo de amanhã, às 18h30, em Ribeirão Preto.

E apesar da atual fase não ser das melhores, Juraci Catarino afirmou com todas as letras: o técnico Arnaldo Lira está garantido no comando da equipe até o término da competição. O dirigente, inclusive, credita ao comandante a possibilidade de o time ainda vislumbrar a próxima fase.

"A situação do Lira é tranquila. O Santo André está em busca da classificação pela vinda dele e recuperação que conseguiu. Confiamos nele e tem crédito total. Fica até o fim do campeonato", encerrou.

 

JOGO TREINO

Ontem à tarde, no Estádio Bruno Daniel, os suplentes e não relacionados para o jogo de quarta-feira enfrentaram a Portuguesa Santista em jogo treino e venceu por 1 a 0. O gol foi marcado por Fábio Santos, após aproveitar cruzamento de George. O Ramalhão foi a campo com Paulo Vitor; Nequinha, Otávio, Junior Paulista e George; Alexandre, Juninho, Sandro e Danilo Cruz; Bruno Paulo e Fábio Santos.

 

William Xavier desabafa e fala em insegurança

 

Artilheiro do Santo André no Paulista da Série A-2 com quatro gols - ao lado de Luciano Henrique -, o atacante William Xavier afirmou trabalhar debaixo de sensação de insegurança sobre se vai ou não jogar. Isso porque, nas últimas rodadas, o jogador passou por situações estranhas. De um jogo a outro, foi de titular a não relacionado, reassumiu a titularidade e uma rodada depois estava no banco de reservas. Mas para reverter tal cenário, ele explica que se dedica ao máximo nos treinos e, quando tem chances de entrar tenta deixar a marca, para demonstrar e justificar ao técnico Arnaldo Lira que tem condições de ser utilizado.

"Da última partida para cá, procurei treinar e trabalhar mais finalização e posicionamento de defesa. E deu certo, fiz o gol (no empate por 1 a 1 com o São José, quarta-feira, no Vale do Paraíba), e agora o pensamento é o mesmo para este próximo jogo (amanhã, em Ribeirão Preto, contra o Comercial). Todos devem trabalhar, até porque só vamos saber quem vai jogar amanhã.É justamente aí que William demonstra a insegurança, afinal nas duas últimas rodadas o comandante realizou no total dez alterações no time titular. "Por um momento eu, William, me senti inseguro. Mas procurei trabalhar o que achei e presumi que foi o motivo por ter saído", justificou o atacante.

Para o duelo em Ribeirão Preto, no entanto, Arnaldo Lira já adiantou: não deve fazer alterações com relação ao time que foi a São José dos Campos. Até porque não tem atletas suspensos ou lesionados. "Se mudar, vai ser pouco, mas talvez nem mexa na equipe", concluiu.

 




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