Política Titulo Receita
Diadema deve sofrer hoje sequestro judicial de R$ 1,5 milhão
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
20/01/2009 | 08:08
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A Prefeitura de Diadema poderá sofrer hoje o quarto sequestro de receita em menos de um mês. O valor do precatório (dívida judicial), segundo a administração municipal, é de R$ 1,5 milhão.

Há uma semana, saíram dos cofres públicos R$ 8,67 milhões, que integram montante de R$ 10,1 milhões de uma desapropriação na Vila União realizada na década de 1980.

O STF (Supremo Tribunal Federal) ainda não julgou a liminar que pede pela suspensão de novos saques e a devolução do que já foi retirado, protocolada na última quinta-feira pelo prefeito Mário Reali (PT).

Os seguidos sequestros de receita implicaram em atrasos de pagamentos do funcionalismo público. Até agora, os cerca de 390 comissionados (funcionários em cargos de confiança) não receberam o adiantamento do salário de janeiro.

Na última quinta-feira, a Prefeitura usou verba vinculada da Educação e da Saúde para pagamento dos 7.610 servidores efetivos, além do abono de férias para 2.300 funcionários que aguardavam o depósito desde o dia 30 de dezembro.

A medida, porém, feriu princípios legais que proíbem o desvio de verbas carimbadas para outros fins. Os ministérios da Educação e da Saúde confirmaram a irregularidade. A Prefeitura negou. Além do funcionalismo, fornecedores também poderão ser prejudicados nos próximos dias.

Transporte - Cerca de 65 motoristas da Transkomby Locadora de Veículos, empresa prestadora de serviços para a Prefeitura, paralisaram as atividades na manhã de ontem, entre 6h e 13h.

Os funcionários pediam pelo pagamento do tíquete-alimentação - atrasado desde o último dia 5, além de outras reivindicações. "O nosso salário mensal é pago sempre dias depois da data oficial", afirmou o motorista Antonio Francisco Ribeiro, 49 anos.

Jeferson Orlandino, procurador da empresa, disse que "desconhecia a paralisação e a falta de pagamento".

A Prefeitura informou que a empresa presta serviços na área de transportes e que não tem controle sobre o gerenciamento do benefício aos funcionários.




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