Esportes Titulo Mundial de Handebol
Estrangeiros ditam ritmo no Poliesportivo
Anderson Fattori
do Diário do Grande ABC
10/12/2011 | 07:30
Compartilhar notícia
Ricardo Trida/DGABC


O Poliesportivo de São Bernardo viu ontem clássico do handebol feminino. Dinamarca e Suécia, duas fortes candidatas ao título do Campeonato Mundial, se enfrentaram, para alegria dos europeus, que encheram uma das arquibancadas do ginásio. Disputado em alto nível e em intensidade impressionante, o duelo terminou em 20 a 19 para as dinamarquesas que terminaram a fase de classificação na liderança do Grupo D. As suecas ficaram em terceiro.

O som vindo das arquibancadas era quase irreconhecível. Com dialeto próprio, cerca de 70 suecos e 150 dinamarqueses empurravam as seleções rumo ao ataque, mas curiosamente, se calavam quando os times eram atacados. O respeito entre os rivais também chamava a atenção. Mesmo sentados lado a lado , não se via provocações.

Hugger Johansson, um dos suecos do grupo, explica que ele e os compatriotas estão instalados em hotel no Guarujá, junto com o time, já que muitos são familiares das jogadoras. "Gastamos em torno de R$ 4.000 para assistir o Mundial no Brasil. É um País diferente e que estamos gostando de conhecer", ressaltou. "Só esperava as arquibancadas mais cheias", completou.

Em maior número consequentemente, os dinamarqueses eram mais barulhentos. Eles também investiram mais em fantasias, alguns, inclusive, tinham os rostos pintados.

O dinamarquês Benjamin Thomasson elogiou o clima tropical do Brasil e não se importou nem mesmo com o dia chuvoso que fez ontem na região. "Faz tempo que esperávamos um Mundial fora da Europa, em local mais quente. Estou gostando bastante, apesar do calor não ser tão forte como prevíamos", declarou.

Um dos recursos usados pelo Brasil para convencer a Federação Internacional a trazer a competição à América foi o calor. Até então. em 19 edições, apenas em 1990 (Coréia do Sul) e 2009 (China) o torneio não foi jogado na Europa.

 

Definidos duelos das oitavas; favorita, Alemanha é eliminada

Estão definidas as oitavas de final do Mundial. A principal surpresa é a eliminação da Alemanha, tricampeã mundial, que integrava o Grupo A, mas terminou na quinta posição. O destaque negativo ficou com a Austrália, que foi o pior time da primeira fase, ficando na lanterna do Grupo B com 167 gols de saldo negativo.

As quatro sedes da competição receberão jogos pelas oitavas de final. Santos sedia o confronto entre a Coréia do Sul, terceira do Grupo B, contra Angola, segundo do A. Noruega, líder do A, pega a Holanda, quarta colocada do B.

Em Barueri joga a Rússia, líder do Grupo B, contra Islândia, quarta do A, além de Montenegro, terceiro do A, contra Espanha, segundo do B.

O Ibirapuera continua recebendo os jogos da Seleção Brasileira, líder do C, que encara Costa do Marfim, quarto do D, além de Suécia, terceiro do D, contra França, segundo do C.

Por fim, São Bernardo será sede dos duelos entre Dinamarca, líder do Grupo D, contra Japão, quarto do C, além de Romênia, terceiro do C e Croácia, segundo do D.

 

Com gol de goleira, Brasil supera Tunísia e mantém 100%

Os ventos continuam soprando a favor do Brasil no Mundial Feminino de Handebol. Depois de derrotar as favoritas França e Romênia e garantir a primeira colocação do Grupo C, ontem o técnico dinamarquês que treina as brasileiras, Morten Soubak, se deu o luxo de escalar reservas e, mesmo assim, o time superou a Tunísia (34 a 33), no último minuto, com direito a gol da goleira Barbara.

Como o jogo servia apenas para cumprir tabela, Soubak deu descanso às principais jogadoras do Brasil, visando o confronto das oitavas de final, segunda-feira, às 17h15, diante da Costa do Marfim, quarto do Grupo D. Assim, a equipe encontrou resistência na Tunísia, mas conseguiu vencer com chute longo da goleira Barbara, que substituiu Chana. Ela defendeu o ataque das africanas e, de seu campo, arremessou surpreendendo as rivais.

Com a missão mais do que cumprida - essa é a primeira vez na história do Mundial que o Brasil termina a primeira fase como líder do grupo - o foco é para as partidas decisivas. A ordem de Soubak é manter a regularidade e fazer ajustes na reta final. "Vamos pegar os detalhes que podem ser acertados para o dia seguinte. Minha filosofia é baseada na nossa própria equipe do que no adversário", explica.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;