Política Titulo Um dia depois
Para Auricchio, rivais têm discurso superficial

Integrante da campanha tucana diz que Skaf e Padilha não acrescentam novidade no debate político

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/09/2014 | 07:05
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Marina Brandão/DGABC


Integrante da campanha de reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-prefeito de São Caetano José Auricchio Júnior (PTB) avaliou que os principais adversários na disputa estadual, Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT), “adotam discurso superficial”. Segundo o petebista, o candidato peemedebista “não acrescentou novidade no debate político”, enquanto o petista faz apenas “ataques pessoais sem apresentar programa efetivo de governo”. As declarações foram dadas um dia depois da passagem de Skaf e Padilha pela região.

Secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, Auricchio afirmou que a prova da estratégia desencontrada da oposição é que Alckmin se mantém consolidado na liderança isolada nas pesquisas. Sondagem Ibope, de terça-feira, aponta favoritismo do tucano, com 49%. Skaf aparece em segundo lugar, com 17%, e Padilha na sequência com 8%. Caso a eleição fosse hoje, daria vitória ao atual chefe do Palácio dos Bandeirantes no primeiro turno. “O panorama provoca desespero nos rivais”, cutucou.

Skaf tem feito duras críticas ao gerenciamento da máquina pública, sob administração do PSDB há 20 anos. Ao mesmo tempo, ele fala em dar continuidade a projetos em andamento e ampliá-los. “Primeiro que, se quer dar encaminhamento, ele visa repetir o que já está sendo feito de bom. E segundo, precisa dizer como pode expandir. Porque promessa sem sinalizar a fonte de recursos é aventura.”

Auricchio apontou que “a única proposta” diferente do peemedebista é o de parcelar em dez vezes o valor anual do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). “O que traz de novo ele faz confusão”, disse, referindo-se à declaração do empresário em defesa da implantação em 2015 e que depois recuou ao projetar só para 2016. “Ele mesmo se confunde. Quando trata Mobilidade, por exemplo, fala que tem 70 quilômetros de linha sobre trilhos em execução. Está errado. Na verdade, são 105 quilômetros entre Metrô e trem. A Secretaria (Especial) do Povo que ele prega é um factoide puro.”

A avaliação do petebista sobre Padilha, por sua vez, é que a campanha “não está compatível” ao cargo. “Ele é ex-ministro (da Saúde). Tem currículo. Só faz ataque e é superficial”, frisou, acrescentando que a promessa do petista de credenciar a rede privada para compor a Saúde pública é falha. “Só agora descobriu que há problemas no financiamento do sistema público? De onde vem a verba? Ele não explica. Fala em contratar o privado, mas já existe parceria com as Santas Casas. É paradoxal.”

Outra crítica se deu pela promessa de Padilha em trazer o Metrô para o Grande ABC. Auricchio lembrou que o governador assinou em agosto contrato para construção da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra), que ligará a Capital a São Bernardo, com compromisso de entrega para 2018. O ex-prefeito citou o destaque dado à região por Alckmin, com mais três Poupatempos, duas unidades da Rede Lucy Montoro e Fábrica de Cultura.
 




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