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Batidão transgênero

Festival Batuque do Sesc Santo André traz nomes do rap e hip
hop que misturam gêneros; atração internacional é destaque

Daniela Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
10/12/2011 | 07:30
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Nos anos 1980 uma vertente do rap, chamada de Gangsta, estourava nos Estados Unidos e esbanjava rimas sobre o estilo de vida fora da lei. Na década seguinte, um coletivo surgiu para responder a este gênero com ideias mais positivas e resgate da cultura de descendência africana. Nascia o rap positivo. Entre os grupos que defendiam o conceito, estava A Tribe Called Quest, liderada pelo rapper Q-Tip. Ele se tornou referência mundial no estilo e estará hoje e amanhã no Festival Batuque do Sesc Santo André, às 18h.

A batucada, feita por instrumentos de percussão ou pelas batidas do rap, é o ponto em comum dos artistas que irão se apresentar no festival. A relação entre brasileiros e estrangeiros com influências africanas faz a harmonia da segunda edição do evento.

O festival tem esse nome desde o ano passado. Antes, era chamado de Indie Hip-Hop, mas a organização achou restrito englobar apenas esses estilos. "É possível encontrar diversos ritmos dentro do hip-hop, por isso decidimos ampliar e convidar artistas que misturam elementos e façam a conexão África-Brasil", explica o curador Rodrigo Brandão.

Nesse contexto, os músicos Gui Amabis e Criolo acompanham Q-Tip hoje, e a banda Bixiga 70 e os MCs Ogi e Doncesão se apresentam antes do rapper amanhã. A abertura dos dois dias será feita pelo DJ Prince Paul e cada atração será apresentada pela cantora Anelis Assumpção.

É a primeira vez de Q-Tip no Brasil. Ele já lançou três discos em carreira solo, sendo 'The Renaissance', de 2008, o mais recente. Também tem reconhecido trabalho como produtor ao lado de artistas como Bestie Boys e Stevie Wonder. Pela parceria com o Chemical Brothers na música 'Galvanize' ele ganhou um Grammy em 2006.

Festival Batuque - Música. Hoje e amanhã, às 18h. No Sesc Santo André - Rua Tamarutaca, 302. Tel.: 4469-1200. Ingr.: R$ 8 a R$ 32.




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