O eterno duelo entre Brasil e Quênia mais uma vez dará o tom da Corrida Internacional de São Silvestre. Pela 84ª vez consecutiva as ruas da maior cidade da América Latina serão invadidas por uma multidão de atletas na prova que fecha o calendário esportivo nacional. Este ano serão 20 mil corredores – amadores em sua grande maioria – que enfrentarão os 15 quilômetros da corrida mais tradicional do País. As mulheres largam às 16h45. Sete minutos depois será a vez dos homens.

Entre os favoritos, destaque para os quenianos Nicholas Kiprutto Koech e Nancy Jepkosgei Kipron, vencedores da Volta da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). “Este ano estou melhor preparado”, disse Koech, que em 2007 abandonou a prova em função do forte calor.
Nancy, sem falsa modéstia, se coloca como candidata ao primeiro lugar. “Estou há três meses no Brasil pensando na São Silvestre”, revelou.

Entre os brasileiros, Franck Caldeira, vencedor de 2006, adota o estilo mineiro. O atleta do Cruzeiro não se coloca entre os favoritos e elogia os quenianos. “Tanto faz se chover ou fizer sol, esses caras não quebram”, afirmou.

Anoé dos Santos, o melhor atleta do País na São Silvestre de 2007 (terceiro lugar), mais uma vez espera surpreender. “Fiz minha preparação e simplesmente vou tentar correr da melhor forma possível, pensando apenas em meu desempenho.”

Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze na maratona da Olimpíada Atenas (2004), encerra a carreira profissional na prova e também não se coloca entre os favoritos.

As brasileiras terão como principal nome a ex-cortadora de cana Maria Zeferina Baldaia, vencedora da São Silvestre em 2001. Ela vem embalada pelos títulos da Maratona de São Paulo, da Meia Maratona do Rio e da Stramilano, na Itália. “Estamos correndo de igual para igual com as quenianas. Tive um ano fantástico e estou em boas condições para a prova”, garantiu. Marily dos Santos e Marizete Moreira também possuem grandes chances de pódio.

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