Pela primeira vez desde que assumiu a Seleção Brasileira (desde julho de 2006) o técnico Dunga admitiu a possibilidade de convocar o atacante Amauri, da Juventus (Itália). Mesmo recebendo pedidos de torcedores e até mesmo de parte da imprensa, de acordo com o treinador, foi o goleiro Julio César, titular da seleção e da Inter de Milão (Itália), quem indicou o vice-artilheiro do Campeonato Italiano, com 11 gols.

"O Julio César me sugeriu a convocação do Amauri, e ele é um cara que confio. Estou pronto para convocá-lo, mas é preciso que ele ande na ponta dos pés. No Brasil, todos querem, mas se ele der errado no primeiro jogo, seria destruído", disse Dunga ao jornal italiano Gazzetta dello Sport.

Entretanto, uma exigência do atleta pode dificultar a situação. "O procurador disse que ele só aceita se for titular. Essa garantia não dou nem a Kaká e Ronaldinho. É bom lembrar que nem Pelé nunca cobrou lugar na seleção. Eu digo Pelé! Convoco os jogadores e decido quem vai para o campo. Kaká e Ronaldinho aceitaram minhas regras", explicou o treinador.

Talvez essa exigência tenha uma explicação. O jogador é ídolo na Itália e tem a possibilidade de ser titular na seleção do país. O próprio técnico Marcello Lippi confirmou a possibilidade de convocação caso Amauri se naturalize italiano.

Adriano e Thiago Silva - O atacante da Inter de Milão e o zagueiro do Milan também foram citados pelo técnico da Seleção Brasileira. Para Dunga, o Imperador deve deixar o clube nerazzuri, mas reitera que mantém total confiança no jogador. "Acho que a história do Adriano com a Inter de Milão, se não terminou, está terminando. Mas ainda confio nele", disse.

Já sobre o defensor, Dunga foi enfático e voltou a rasgar elogios ao ex-atleta do Fluminense. "Esse é um fenômeno. É rápido, tem personalidade e um fantástico futebol para a posição. Pode desempenhar qualquer papel na defesa. Trata-se de um número um. O Milan conseguiu uma bela contratação", afirmou. (Com Agências)