O São Paulo está perto da taça. O Vasco luta desesperadamente contra o rebaixamento. Promessa de emoção. Para completar, o jogo hoje, às 17h, terá casa cheia. Todos os 23.300 ingressos foram vendidos antecipadamente. E a rivalidade entre os dois clubes ainda aumentou com a troca de farpas durante a semana por causa de São Januário, considerado inseguro pelos tricolores.

Com 68 pontos, o São Paulo luta contra o Grêmio, que tem 66, e o Flamengo, com 63, pelo tricampeonato. Os rivais também jogam fora contra o Vitória e o Cruzeiro, respectivamente.

O Tricolor segue para o Rio de Janeiro contando os dias para o fim do Campeonato Brasileiro. E embora tenha praticamente um abismo o separando do Vasco na tabela, a equipe paulistana prefere adotar o discurso cauteloso quando fala do adversário.

"Vai ser um jogo difícil, mesmo com o Vasco estando nesta situação. É um time bem preparado. Tem de errar pouco e aproveitar as oportunidades para pôr para dentro", analisou o meia Hugo.

No treino de sexta-feira, o técnico Muricy Ramalho colocou Anderson na vaga do zagueiro Rodrigo, suspenso.

A única dúvida é a entrada ou não do volante Zé Luis no time. Fora da equipe desde que levou uma pancada no joelho direito, na quinta-feira passada, o camisa 23 foi poupado das últimas atividades. "Tem de ter paciência, porque ele é importante e vamos esperar um pouco mais", explicou Muricy.

Na zona de rebaixamento, com 37 pontos, o Vasco tem a obrigação de vencer a qualquer custo para deixar o grupo dos quatro últimos. Mesmo um empate, dependendo do resultado dos rivais, pode ser fatal. Com as arquibancadas lotadas, os cruz-maltinos sabem que podem rapidamente transformar apoio em pressão sobre si, em vez de sobre os rivais paulistas.

A dúvida do técnico Renato Gaúcho é se Edmundo será titular ao lado de Leandro Amaral, no ataque, ou se dará lugar a Alex Teixeira.

Vascaínos levam vantagem nos jogos em São Januário

A história não é favorável ao São Paulo quando o rival é o Vasco no estádio de São Januário. Em 12 duelos pelo Brasileiro no campo cruzmaltino, a equipe paulista só venceu dois. O primeiro foi em 2000, quando Fábio Simplício (2), Valkmar (contra) e Beto fizeram o placar de 4 a 0.

O outro ocorreu em 2007, quando os vascaínos estavam há 22 jogos invictos em casa, mas o Tricolor obteve o placar de 2 a 0, que o impulsionou para a conquista do bicampeonato nacional.

Nos outros dez encontros a superioridade foi toda do Vasco, que somou cinco empates e cinco vitórias, com direito a goleada histórica em 2001. Rogério Ceni foi expulso no começo da partida, entrou Alencar (terceiro goleiro), e o São Paulo levou uma surra de 7 a 1, com três de Romário. (da AE)