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Impasse atrasa Plano Diretor de Diadema
Leandro Baldini
Da Sucursal de Diadema
27/04/2008 | 07:25
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Apontada pelos vereadores de Diadema no início do ano como um dos principais assuntos, a mudança no Plano Diretor da cidade, que permitirá investimentos nos setores imobiliários, ainda não foi apresentada na Câmara. A expectativa é que a votação ocorra somente em 30 dias.

O projeto visa ampliar o índice de construção, ou seja, viabilizar o aumento de prédios e empreendimentos comerciais e industriais. Atualmente, o nível construtivo é de 1,5, que limita a construção à mesma dimensão do terreno. A alteração apresenta uma elevação de pontos. O nível 2 faz com que o morador, empresário ou comerciante aumente sua área construída o dobro. A escala vai até 5, justamente a que permite obras verticalizadas.

De acordo com o líder do governo na Câmara, o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), o atraso para a votação do projeto refere-se a questão habitacional, focada mais nas moradias populares. “Quando a matéria foi apresentada causou um certo choque para os moradores dessa área, que pensavam se tratar de uma proposta voltada somente para a alta classe. Desde então, a administração segue discutindo com esse público e buscando o equilíbrio de todo o processo”, explica.

O parlamentar garante que a discussão hoje está bem avançada. “O entendimento é próximo e daqui aproximadamente uns 30 dias acho que conseguiremos viabilizar sua votação e aprovação”, completa.

Para o vereador da oposição, Lauro Michels (PSDB), o atraso na discussão do projeto causou estranheza. “Ninguém toca mais no assunto. Não sei se tudo está indo bem. Vou ainda questionar alguns pontos, no que diz respeito às áreas de risco”.

Resposta - O secretário de Habitação de Diadema, Josemundo Dário Queiroz, o Josa, reforça a afirmação do líder do governo sobre os avanços nas discussões. Entretanto, o secretário diz que a proposta inicial precisou ser ajustada. “Não houve aprofundamento quando a matéria foi apresentada nesta questão da moradia popular. Por isso foram necessárias algumas modificações que garantem a participação do setor no processo”.

 Josa destaca que o projeto está regimentado em três princípios: preservação ambiental, desenvolvimento econômico e sustentável e moradias populares. “O objetivo principal é garantir que todos esses conceitos sejam atendidos, proporcionando um avanço do município. Em razão disso, foram feitas várias audiências públicas explicando assim sua necessidade”.



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