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Preço do pão francês sobe 12% no mês
Verônica Lima
Do Diário do Grande ABC
17/04/2008 | 07:09
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Após ter apresentado aumento de 20% de março de 2007 a março deste ano, o pãozinho francês volta a subir neste mês e, passa a custar 12% mais caro para os consumidores do Grande ABC.


E a má notícia para os bolsos dos consumidores não pára por aí. As indústrias brasileiras de processamento de trigo e seus produtos derivados anunciaram ontem que o custo dos produtos proveniente da farinha de trigo continuará subindo até junho.


Os reajustes são reflexo do crescimento da demanda de países asiáticos e da quebra significativa da colheita da safra passada de grandes produtores. “Isso fez com que as cotações internacionais do trigo atingissem os mais elevados patamares dos últimos vinte anos”, aponta o presidente do conselho da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Luiz Martins. 


Diante deste tumulto. o Brasil está sendo um dos principais afetados, porque, como se sabe, não é auto-suficiente na produção de trigo, tendo que importar anualmente cerca de 70% de sua necessidade total, da ordem de 10,5 milhões de toneladas.


Inicialmente a decisão tomada pelo País para segurar as rédeas foi importar o produto da vizinha Argentina. No entanto, em vez de solucionar a carência, outros problemas começaram a ser desencadeados.


Por sua vez, a Argentina, para conter a inflação interna decidiu fechar os portos do cereal desde o início de dezembro do ano passado. Com isso, o Brasil teve que recorrer aos Estados Unidos e Canadá – que por ser mais longe, encareceu o produto.


Para o presidente da Abima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias), Cláudio Zanão, os preços mundiais do trigo só começarão a frear com a entrar da safra brasileira e norte-americana, prevista para o segundo semestre.


Enquanto isso, a Abima e a Anib (Associação Nacional das Indústrias de Biscoito) afirmam que os preços das massas devem aumentar mais 15% no segundo trimestre e dos biscoitos entre 10% a 15% ao longo deste mês.


Para conter um pouco os sucessivos reajustes, as entidades disseram que estão buscando junto ao governo desoneração de impostos pagos para importar o produto fora do Mercosul, da TEC, do ICMS e a redução da taxa Marinha Mercante.




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