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Petrobras aposta no Japão para ampliar presença na Ásia
Da AFP
07/04/2008 | 09:55
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A Petrobras deseja reforçar sua presença no Japão com a recente aquisição de uma refinaria em Okinawa (sul), para depois ampliar suas atividades ao restante da Ásia, anunciou nesta segunda-feira em Tóquio o presidente da estatal brasileira, José Sérgio Gabrielli.

Gabrielli apresentou sua estratégia à imprensa japonesa poucos dias depois do anúncio da compra de 87,5% do capital da Nansei Sekiyu, uma refinaria de petróleo de Okinawa, que constitui a primeira compra da Petrobras no arquipélago.

"Utilizar os recursos naturais do Brasil, levá-los ao Japão, refinar o combustível aqui para satisfazer as necessidades de mercado de Okinawa e do Japão em seu conjunto, esta é nossa estratégia", disse Gabrielli, antes de destacar que também busca "um fortalecimento da Petrobras no mercado asiático".

O presidente da Petrobras, que deseja transformar a empresa em uma das cinco maiores petroleiras do mundo, destacou que não pode se permitir ficar longe do mercado japonês.

Um dos primeiros objetivos do grupo no Japão é aumentar a produção de sua refinaria de 35 mil a 100 mil barris de petróleo por dia. "A Petrobras está disposta a investir mais de 100 bilhões de ienes (US$ 975 milhões) com esta meta", segundo Gabrielli.

"A produção será vendida como gasolina para veículos e como combustível para uso industrial no município de Okinawa", disse.

No mercado japonês em geral, Gabrielli quer "encontrar nichos" de mercado e considerou que a Petrobras pode "oferecer novos produtos nas áreas industriais".

Gabrielli também ressaltou a "boa localização geográfica" do arquipélago de Okinawa, situado no extremo sul do Japão, perto da China e de Taiwan.

"Taiwan, China, Cingapura, Vietnã são mercados importantes que estudamos abastecer a partir do Japão", explicou.

A refinaria Nansei Sekiyu, que possui capacidade de armazenamento de 9,6 milhões de barris, também poderá servir de plataforma logística para as exportações de petróleo e etanol realizadas pela Petrobras a partir do Brasil para o mercado asiático.

Gabrielli lembrou que a estatal já tem dois escritórios comerciais na Ásia – em Cingapura e na China – e que espera abrir uma nova representação na Índia, além de aumentar a presença da Petrobras em toda a Ásia.



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