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MTST e dono de área entram em acordo em Mauá
João Guimarães
Do Diário do Grande ABC
05/04/2008 | 08:14
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Um acordo entre os integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e o proprietário do terreno invadido no Jardim Olinda, em Mauá, Geraldo Joaquim, garantiu mais um mês de permanência aos ocupantes do local e a possibilidade de compra do terreno.

Uma semana após cerca de 150 famílias invadirem o terreno, o acordo foi selado quinta-feira à noite no CPA/M-6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitana) em Santo André. Dessa forma, a liminar de reintegração de posse concedida na última quarta-feira foi suspensa por 30 dias pelo juiz substituto da 2ª Vara Cível do município Alexandre Jorge Carneiro da Cunha Filho, o mesmo que havia deferido a liminar. “Achamos por bem conceder este prazo para que eles desocupem pacificamente o local. Sem que se faça uso da força policial”, afirmou o advogado de Joaquim, José Waldir Costa Lemos Junior.

Joaquim também mostrou-se interessado em vender o terreno para os ocupantes. Os preços ainda não foram estipulados, mas o advogado Lemos Junior acredita que o metro quadrado do lugar deve valer cerca de R$ 80. Dessa forma, a área de 40 mil m² custaria algo em torno de R$ 3,2 milhões. “Podemos até estudar o caso de se fazer um desmembramento do terreno e vender apenas uma parte”, afirmou Lemos.

Apesar do alto valor, o movimento afirmou que pretende levantar o dinheiro. Eles irão pleitear junto ao poder público ajuda financeira que possibilite a compra do terreno e construção das casas.

De acordo com um dos coordenadores do acampamento João Batista, este dinheiro pode vir dos programas federais como o FHIS (Fundo de Habitação de Interesse Social) e o Crédito Solidário da Caixa Econômica Federal. A esperança é forte.  “Dinheiro,nós sabemos que os governos tem”, afirmou.

“Vamos nos reunir com a Caixa Econômica Federal na semana que vem para apresentar nossos projetos”, disse Batista.

Caso o prazo se expire e o movimento não consiga levantar o dinheiro, Batista afirmou que eles tentarão encontrar outras formas de comprar a área. “Podemos até mesmo envolver as famílias no financiamento”, afirmou o militante.

O secretário de Habitação de Mauá, José Roberto Correa, afirmou que a Prefeitura pode ajudar no projeto de construção do local, mas não soube informar se esse tipo de construção é permitida no bairro.



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