Cultura & Lazer Titulo
Romeu e Julieta moderno
Natane Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
28/02/2008 | 07:07
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Conhecido em terras brasileiras pelo insosso título Amor, Sublime Amor, longa-metragem vencedor de 11 estatuetas do Oscar em 1961, West Side Story ganha sua primeira montagem teatral em língua portuguesa.

Escrito e produzido originalmente para os palcos da Broadway na década de 1950 por Leonard Bernstein, Stephen Sondheim, Arthur Laurents e Jerome Robbins, o texto recebe agora nova montagem do diretor Jorge Takla e tem estréia marcada para 8 de março, no Teatro Alfa, em São Paulo. Os ingressos estão à venda.

Em curta temporada, com apenas 100 sessões programadas até julho, West Side Story revisita o clássico shakespeariano Romeu e Julieta, trazendo-o para o subúrbio da Manhattan dos anos 1960. “Mesmo escrito em 1957, o espetáculo poderia se passar na periferia de qualquer cidade do mundo atualmente”, afirma Takla, que, além da direção geral, assina a iluminação e os cenários.

A partir da história de amor de dois jovens, Tony e Maria, que nasce em meio à rivalidade de duas gangues de rua, o musical retrata os conflitos de uma juventude que crescia inspirada por símbolos como a rebeldia do rock’n’roll. “Acredito que a peça seja atual porque trata de jovens e, hoje, os jovens são ainda mais atuantes, mais violentos e mais sofridos que os que viveram 50 anos atrás”, explica o diretor.

PRODUÇÃO

Orçado em R$ 5 milhões, West Side Story começou a ser pensado assim que My Fair Lady, produção anterior de Jorge Takla, estreou: há cerca de um ano. De lá pra cá, foram contratos de direitos autorais, mais de oito meses de seleção de elenco e muitas aulas de dança e canto. Isso tudo para levar ao palco 42 atores – entre eles, a atriz e bailarina Andressa Corso, de São Bernardo –, 24 músicos, 12 cenários com mais de 15 toneladas de material e oito metros de altura.

A coreografia é atração à parte. Criados por Jerome Robbins, os movimentos da primeira montagem trouxeram uma linguagem mais moderna, jovem e ágil de tudo o que tinha sido feito anteriormente na Broadway.

Os balés, mantidos na forma original e coordenados por Tânia Nardin, continuam sendo considerados os mais revolucionários já mostrados por um musical. “Não existem virtuosismos gratuitos. Os bailarinos deixaram de exercer somente a função de coro e foram incorporados à história”, diz a coreógrafa.

West Side Story. Musical. No Teatro Alfa – r. Bento Branco de Andrade Filho, 722. Tel.: 5693-4000 e 0300-789-3377. Ingr.: R$ 40 a R$ 130 (5ª); R$ 60 a R$ 140 (6ª e dom.); R$ 60 e R$ 150 (sáb.). 5ª e 6ª, às 21h; sáb., às 17h e 21h; dom., às 18h. Até 27 de julho.




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