O atacante Adriano, do São Paulo, foi absolvido ontem da acusação de agressão (cabeçada) ao zagueiro Domingos, do Santos, ocorrida no clássico entre as equipes na semana passada pelo Paulistão. Por decisão unânime, a pena foi amenizada e o jogador cumprirá apenas dois jogos de suspensão.

Citado inicialmente no artigo 253 (agressão contra árbitro ou jogadores em campo), o Imperador corria o risco de ficar suspenso de 120 a 540 dias. O advogado do São Paulo, Roberto Armelin porém, conseguiu desqualificar a primeira acusação e convenceu os votantes a enquadrarem o lance apenas no artigo 255 (atitude hostil).

Como já cumpriu suspensão automática contra o Marília, no último domingo, o Imperador só fica fora de mais um jogo do Campeonato Paulista, contra o Paulista, na próxima quinta-feira. Ele retorna no domingo, contra o Noroeste, no Morumbi.

DEFESA

Durante o julgamento de ontem, a defesa do advogado do Tricolor foi baseada em imagens. Ele mostrou o lance da expulsão e uma reportagem da TV com o próprio zagueiro Domingos dizendo que Adriano não merecia uma punição severa.

Em outra imagem exibida, um comparativo entre lances semelhantes. Com a tela dividida, foram exibidos, simultaneamente, o lance do Imperador e Domingos com a cabeçada de Zidane no zagueiro Materazzi, na final da Copa de 2006, o que, segundo o advogado, seria considerado uma cabeçada de verdade.