O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – base São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra –, filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), começou seu processo eleitoral para definir novos dirigentes nos comitês sindicais das fábricas, aposentados e a diretoria executiva da entidade.

Esta segunda-feira é o último dia para que as chapas se inscrevam no processo e nos dias 10 e 11 de março os trabalhadores de 100 fábricas da região, além dos aposentados, escolhem o comitê que os representará.

A partir do resultado dessa primeira eleição são definidos os dirigentes que concorrerão ao conselho e a diretoria executiva da entidade.

Além da chapa da situação – que acaba se tornando única na maior parte das empresas –, há também a chapa da oposição, como é o caso da disputa sindical dentro da Volkswagen.

Atualmente, o comitê apresenta nove membros de oposição, e nas últimas eleições essa ala obteve 38% dos votos.

Para este ano, há comentários de que ainda pode surgir uma terceira chapa dissidente da situação por causa de descontentamento com atual gestão e a disputa de poder dentro do próprio sindicato.

Segundo alguns metalúrgicos, no caso da situação, há quem indique o nome do atual secretário de Organização, Sérgio Nobre, como o próximo presidente, mesmo depois de a entidade ter investido no secretário-geral Rafael Marques Júnior.

Se a tendência histórica se mantivesse, Nobre seria o escolhido, já que associados do sindicato afirmam que há uma rotatividade entre dirigentes da Mercedes-Benz, Ford e Volkswagen na presidência.

Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, era da Mercedes-Benz. Luiz Marinho veio da Volkswagen. José Lopez Feijóo é funcionário da Ford. Todos com dois mandatos. Agora, de acordo com alguns metalúrgicos, é a vez de um trabalhador da Mercedes voltar à liderança.