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Enchente ainda causa problemas no bairro Fundação em S.Caetano
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
26/02/2008 | 08:17
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As marcas da enchente que atingiu o Grande ABC na quinta-feira passada estão bem visíveis em alguns locais da região. No bairro Fundação, em São Caetano, um dos lugares que mais sofreram com o temporal, as pessoas ainda não voltaram à rotina. Ruas sujas e móveis abandonados pelas calçadas demonstram que o estrago da tempestade ainda não foi totalmente resolvido.

 

Moradores do bairro esperam pelas medidas que a Prefeitura de São Caetano irá anunciar para minimizar as perdas das pessoas que foram desalojadas em razão do alagamento de suas residências.
 
A Prefeitura ressalta que desde a enchente tem feito diversas ações emergenciais para minimizar os estragos em São Caetano, principalmente no bairro Fundação, um dos mais atingidos. Equipes do Desem (Diretoria de Serviços Municipais), Defesa Civil e diretorias de Trânsito, Saúde e Assistência Social e Cidadania, têm trabalhado diretamente no atendimento às pessoas que estão desalojadas.
 
Mas num passeio pelo bairro vê-se que ainda há muito o que se fazer.
 
A servente Benedita Loyola, que mora em uma casa alugada no bairro é uma das vítimas da enchente. “Eu e minha família estamos dependendo desde sexta-feira de alimentação que as pessoas oferecem, até quando vamos depender disso?”, indaga.
 
Além das famílias desalojadas, das ruas sujas e móveis abandonados, a enchente paralisou as aulas da Escola Estadual Edgard Alves da Cunha, que não tem aulas desde sexta-feira. O alagamento resultou na retirada de cinco caminhões de materiais didáticos destruídos. De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, as aulas devem voltar ao normal nesta terça-feira.
 
A escola é um dos exemplos do estrago que a chuva causou. Do lado de fora da unidade, alunos recordam que a última vez que tiveram suas aulas prejudicadas em razão da chuva foi em 2005 e contam sobre o temporal da semana passada.
 
“Nessa quinta-feira, o bairro todo ficou alagado. Não dava para fazer nada. Amigos meus perderam tudo”, disse o estudante Romualdo Silva da Costa, 16 anos, do 3º colegial.
 
Professores trocaram os livros e as lousas por botas e rodos para colocar a escola em funcionamento.

 

De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) contratou empresa para fazer a limpeza na escola. Segunda-feira, caminhões-pipa e várias pessoas trabalhavam na limpeza do prédio.




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