O TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da FPF ( Federação Paulista de Futebol) divulgou ontem, em seu site oficial, que o técnico Vanderlei Luxemburgo, do Palmeiras, será julgado pela expulsão do último sábado, no empate por 1 a 1 contra o Rio Preto.

O árbitro Paulo Roberto Ferreira relatou na súmula que expulsou Luxemburgo ao saber, após conversa pelo rádio com um dos assistentes, que o técnico palmeirense havia ofendido com diversos palavrões o quarto árbitro após um lance polêmico de pênalti em cima de Valdivia. E quando foi expulso, ainda alegou que o fato “já estava armado para acontecer desde o começo do jogo.”

Assim, Luxemburgo deve ser denunciado no artigo 188 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: “manifestar-se de forma desrespeitosa, ou ofensiva, contra membros do CNE (Conselho Nacional de Esporte); dos poderes das entidades desportivas ou da Justiça Desportiva, e contra árbitro ou auxiliar em razão de suas atribuições, ou ameaçá-los.”

A pena para o caso varia de 30 a 180 dias. Mas como Luxemburgo também criticou o presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, coronel Marcos Marinho, após a partida, a pena pode ser maior, de 60 a 360 dias. O caso deve entrar em pauta no TJD ainda nesta semana e o julgamento pode ser marcado para a próxima segunda-feira (dia 3 de março).

Ainda ontem, Luxemburgo comentou o caso e classificou o CBJD como ditatorial. “Não vou usar este assunto para encobrir a realidade de que meu time não está bem. O fato é que há uma série de coisas relativas à arbitragem que precisa ser discutida”, disse Luxemburgo, deixando claro que não teme ser punido por suas declarações. “Estou dando a minha cara pra bater”, completou.