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Cartão de crédito fica mais popular
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
22/02/2008 | 07:08
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O uso de cartões de crédito cada vez mais se populariza e passa a fazer parte do dia-a-dia dos consumidores brasileiros.

É o que comprova um novo levantamento feito pela Itaucard, que mostra que, ao mesmo tempo em que houve uma forte expansão do faturamento do setor no País – que cresceu 108% de 2003 a 2007 –, houve uma alta ainda mais expressiva (de 116%) no número de transações por essa forma de pagamento.

Os números mostram que cresceu o uso do plástico nas compras de menor valor e por parte da população de renda mais baixa. Um dado que ilustra essa tendência foi a queda do tíquete médio (valor médio da compra) do cartão, que passou de R$ 79 em 2003 para R$ 76,30 em 2007.

Entre a população de menor rendimento (até R$ 1.499 mensais), o ticket médio apresentou ligeira alta – foi de R$ 61,30 para R$ 61,60 nesses cinco anos.

Segundo o diretor de marketing de cartões do Banco Itaú, Fernando Chacon, a utilização do cartão no dia-a-dia pela população de renda baixa limita o seu crescimento. Mesmo assim, houve forte crescimento no valor das compras entre os mais jovens, sobretudo entre os de baixo poder aquisitivo.

Na faixa de 18 a 19 anos, o tíquete saltou de R$ 30 para R$ 46,20 (alta de 53,6%), entre os de 20 a 29 a expansão foi de 12,6% (de R$ 54,50 para R$ 61,40) e de idades de 30 a 39 anos, cresceu 10,1%, de R$ 69,2 para R$ 76,20. Os mais velhos ou mantiveram o valor estável ou apresentaram redução.

Ao mesmo tempo, a população de renda mais baixa ampliou de forma expressiva a compra parcelada sem juros pelo cartão, que passou de R$ 136,50 na média para R$ 185.

Ainda de acordo com Chacon, um dos motivos é a substituição do uso do cheque pré-datado, por um meio de pagamento considerado mais prático e seguro. Os dados do segmento mostram essa tendência. Em 2007, houve mais de um bilhão de cheques compensados enquanto as transações com o plástico chegaram a dois bilhões.

ESTADO

O crescimento do mercado no País chegou a 20% ao ano de 2003 a 2007. Em São Paulo, a expansão foi em ritmo menor, em 15,7% ao ano (78% em todo o período). O executivo destaca que, para um PIB nacional que cresceu 3,2% anualmente, na média, o desempenho paulista é bastante significativo.

Outro aspecto mostrado no levantamento é a disseminação dessa forma de pagamento nos mais diversos segmentos do comércio. Um deles, o de vestuário e lojas de departamento, cujo número de transações cresceu 148%, assumiu a primeira colocação. Passou à frente dos supermercados, em que houve alta de 84,6%, e que passou a representar 17,1% do total.




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