A Polícia Civil continua em greve em todo o Estado. No quarto dia de paralisação, os principais distritos do Grande ABC registraram apenas os casos de maior gravidade. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Gestão Pública, divulgou nota com uma série de medidas que visam resolver o impasse. Entre elas, a que eleva o salário de delegado de 5ª classe, de R$ 3.708,18 para R$ 5.117,40, o que representa um aumento de 38%.

O pacote do governo também prevê a redução das faixas do ALE (Adicional de Local de Exercício) e a implementação de uma nova política de cargos e salários. O delegado e integrante do Conselho de Representantes da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, Carlos Rennó Miranda, disse que a proposta ainda não foi analisada. Nesta sexta-feira representantes das seccionais e participantes dos sindicatos e associações da categoria estarão reunidos e, até o meio-dia, decidem se continuam ou não a paralisação.

O deputado estadual major Olimpio Gomes (PV), que é membro das Comissões de Segurança Pública da Assembléia, não concordou com as medidas propostas pelo governo.

"Os reajustes, desde 1995, nunca foram superiores aos índices inflacionários, tanto que somente nos últimos cinco anos a defasagem salarial é de 60%", disse o deputado.

Até quinta-feira, ocorrências como perda ou roubo de documentos, furto de veículos, desaparecimentos de pessoas, furto de placas ou celular, além de outros crimes mais leves não estavam sendo registrados nos distritos policiais. Os poucos funcionários presentes nos guichês orientavam os cidadãos para registrar estes casos na internet por meio do site www.policiacivil.sp.gov.br