Tropeços em casa mostraram que a supremacia das maiores potências do continente está em decadência
Partes integrantes de campanhas irregulares nas oito rodadas disputadas pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, os últimos tropeços em casa de Brasil e Argentina (contra Bolívia e Peru, respectivamente), mostraram que a supremacia das duas maiores potências futebolísticas do continente está em franca decadência nesta edição do torneio.
Quatro pontos atrás do líder Paraguai, brasileiros e argentinos estão iguais em número de pontos (13), vitórias (três), empates (quatro) e derrotas (uma). O Brasil (segundo colocado) tem vantagem apenas no saldo de gols (sete contra seis). O Chile vem em seguida, com o mesmo número de pontos, mas menor saldo de gols (um), primeiro critério de desempate segundo o regulamento das eliminatórias sul-americanas.
Pelo lado verde-amarelo, a goleada contra o Chile no domingo serviu apenas como paliativo para que a tão falada corda voltasse a apertar o pescoço do técnico Dunga, cada vez mais enfraquecido na tentativa de recuperar a credibilidade do time nacional após o empate por 0 a 0 com a Bolívia, em casa. O próximo compromisso da seleção será contra a Venezuela, no campo adversário, em 12 de outubro.
Já a situação dos hermanos pode ser considerada um pouco mais complicada. Como não venceram os últimos cinco jogos, despencaram do primeiro lugar e, assim como Dunga, o técnico Alfio Basile sofre pressão cada vez mais intensa. Os argentinos voltam a campo pelas eliminatórias no próximo dia 11, em casa, no clássico diante do Uruguai.
Dunga usa o passado para justificar má fase d seleção
A trégua durou apenas alguns dias. Bastou o insosso empate por 0 a 0 com a lanterna Bolívia, no estádio Engenhão (RJ), para que o turbilhão de críticas voltasse a assolar o técnico Dunga no comando da Seleção Brasileira.
E as dificuldades enfrentadas pelo País em eliminatórias recentes viraram justificativas para o pífio rendimento do time de Dunga.
"Continuarei meu trabalho com tudo aquilo que foi combinado com o presidente (da CBF, Ricardo Teixeira). Vamos encontrar dificuldades, isso é normal. A seleção nunca teve vida fácil nas eliminatórias. Na Copa de 2002 (Japão e Coréia do Sul), o Brasil se classificou na última rodada. Na eliminatória de 1993 também. Então, não é esse mar de rosas", disse. "Às vezes, as pessoas pensam que o Brasil costuma passear nas eliminatórias. Nos jogos contra o Brasil, as equipes marcam muito e sempre dificultam nosso trabalho", completou o treinador.
Para 2010 - A Fifa começará a vender os ingressos para a Copa do Mundo de 2010 em fevereiro do ano que vem. No total, serão três milhões de entradas para 64 jogos diferentes - média de 46.875 por partida. Os preços irão variar de US$ 20 (R$ 36) a US$ 900 (R$ 1.620).
Na quinta-feira, em São Paulo, os responsáveis pelo programa de hospitalidade do Mundial designaram as cinco empresas de turismo brasileiras que serão credenciadas como oficiais para a comercialização de pacotes. Mais uma ainda será apresentada futuramente. (Com Agências)
Basile tenta se defender das críticas
Após o empate por 1 a 1 com o Peru, em Lima, a equipe de Alfio Basile desembarcou na quinta-feira em Buenos Aires em meio a rumores de brigas internas e sob a frustração generalizada quanto ao fato de o time não atingir seu potencial nas eliminatórias.
Mesmo jogando mal, um gol de Esteban Cambiasso aos 38 minutos do segundo tempo parecia destinado a selar a vitória dos campeões olímpicos, mas Johan Fano empatou aos 48, no último lance do jogo.
A irritação de Basile refletida nos gestos à beira do campo, num misto de raiva e incredulidade, resumia o clima para os argentinos.
"Todos na Argentina sabem que precisamos de tempo para trabalhar, mas só temos os jogadores durante quatro dias antes dos jogos", explicou o treinador.
Quanto à pouca potência ofensiva dos jogadores de frente, Basile lembrou que o time tem jogadores capazes no ataque. "Sergio Agüero é o atual artilheiro do Campeonato Espanhol e esteve em campo", afirmou.
Sobre a não-convocação do atacante Hernán Crespo, que marcou 35 gols em 64 jogos pela seleção, Basile disse que ele não é chamado "porque não é titular em seu clube", a Inter de Milão. (Com Agências)
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