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Pressão e classificação põem Brasil e Argentina lado a lado

Tropeços em casa mostraram que a supremacia das maiores potências do continente está em decadência

Fernando Cappelli
Do Diário do Grande ABC
12/09/2008 | 07:30
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Partes integrantes de campanhas irregulares nas oito rodadas disputadas pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, os últimos tropeços em casa de Brasil e Argentina (contra Bolívia e Peru, respectivamente), mostraram que a supremacia das duas maiores potências futebolísticas do continente está em franca decadência nesta edição do torneio.

Quatro pontos atrás do líder Paraguai, brasileiros e argentinos estão iguais em número de pontos (13), vitórias (três), empates (quatro) e derrotas (uma). O Brasil (segundo colocado) tem vantagem apenas no saldo de gols (sete contra seis). O Chile vem em seguida, com o mesmo número de pontos, mas menor saldo de gols (um), primeiro critério de desempate segundo o regulamento das eliminatórias sul-americanas.

Pelo lado verde-amarelo, a goleada contra o Chile no domingo serviu apenas como paliativo para que a tão falada corda voltasse a apertar o pescoço do técnico Dunga, cada vez mais enfraquecido na tentativa de recuperar a credibilidade do time nacional após o empate por 0 a 0 com a Bolívia, em casa. O próximo compromisso da seleção será contra a Venezuela, no campo adversário, em 12 de outubro.

Já a situação dos hermanos pode ser considerada um pouco mais complicada. Como não venceram os últimos cinco jogos, despencaram do primeiro lugar e, assim como Dunga, o técnico Alfio Basile sofre pressão cada vez mais intensa. Os argentinos voltam a campo pelas eliminatórias no próximo dia 11, em casa, no clássico diante do Uruguai.

Dunga usa o passado para justificar má fase d seleção

A trégua durou apenas alguns dias. Bastou o insosso empate por 0 a 0 com a lanterna Bolívia, no estádio Engenhão (RJ), para que o turbilhão de críticas voltasse a assolar o técnico Dunga no comando da Seleção Brasileira.

E as dificuldades enfrentadas pelo País em eliminatórias recentes viraram justificativas para o pífio rendimento do time de Dunga.

"Continuarei meu trabalho com tudo aquilo que foi combinado com o presidente (da CBF, Ricardo Teixeira). Vamos encontrar dificuldades, isso é normal. A seleção nunca teve vida fácil nas eliminatórias. Na Copa de 2002 (Japão e Coréia do Sul), o Brasil se classificou na última rodada. Na eliminatória de 1993 também. Então, não é esse mar de rosas", disse. "Às vezes, as pessoas pensam que o Brasil costuma passear nas eliminatórias. Nos jogos contra o Brasil, as equipes marcam muito e sempre dificultam nosso trabalho", completou o treinador.

Para 2010 - A Fifa começará a vender os ingressos para a Copa do Mundo de 2010 em fevereiro do ano que vem. No total, serão três milhões de entradas para 64 jogos diferentes - média de 46.875 por partida. Os preços irão variar de US$ 20 (R$ 36) a US$ 900 (R$ 1.620).

Na quinta-feira, em São Paulo, os responsáveis pelo programa de hospitalidade do Mundial designaram as cinco empresas de turismo brasileiras que serão credenciadas como oficiais para a comercialização de pacotes. Mais uma ainda será apresentada futuramente. (Com Agências)

Basile tenta se defender das críticas

Após o empate por 1 a 1 com o Peru, em Lima, a equipe de Alfio Basile desembarcou na quinta-feira em Buenos Aires em meio a rumores de brigas internas e sob a frustração generalizada quanto ao fato de o time não atingir seu potencial nas eliminatórias.

Mesmo jogando mal, um gol de Esteban Cambiasso aos 38 minutos do segundo tempo parecia destinado a selar a vitória dos campeões olímpicos, mas Johan Fano empatou aos 48, no último lance do jogo.

A irritação de Basile refletida nos gestos à beira do campo, num misto de raiva e incredulidade, resumia o clima para os argentinos.

"Todos na Argentina sabem que precisamos de tempo para trabalhar, mas só temos os jogadores durante quatro dias antes dos jogos", explicou o treinador.

Quanto à pouca potência ofensiva dos jogadores de frente, Basile lembrou que o time tem jogadores capazes no ataque. "Sergio Agüero é o atual artilheiro do Campeonato Espanhol e esteve em campo", afirmou.

Sobre a não-convocação do atacante Hernán Crespo, que marcou 35 gols em 64 jogos pela seleção, Basile disse que ele não é chamado "porque não é titular em seu clube", a Inter de Milão. (Com Agências)




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