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Boy George canta nesta terça em São Paulo
09/09/2008 | 07:51
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Assim como é impossível dissociar a imagem clássica dos anos 1980 dos chapeuzinhos, maquiagem e ombreiras de Boy George, é impossível conceber o futuro sem seu senso fashion e sua travestida ideologia. Boy George está presente no pop atual. Nesta terça-feira, ele canta e toca em São Paulo, no Via Funchal. A seguir os principais trechos da entrevista:

CULTURE CLUB - "Tentamos uma turnê de retorno há 10 anos e por um momento foi divertido, mas logo aquilo reverteu numa situação negativa, com as velhas neuroses ressuscitando e decidi investir em minha carreira. Tenho grande estima pelos outros caras do Culture Club, mas minha prioridade é estimular minha criatividade. É duro voltar ao passado, é como reatar com um antigo namorado. Raramente funciona, a menos que você seja maduro e espiritualmente superior."

FAMA E LEGADO - "Eu acreditei que a fama poderia criar uma vida livre para mim, que removeria minhas inseguranças. Hoje tenho expectativas mais realistas do sucesso. Aprendi a aproveitar o momento e me divertir sem me importar muito com passado ou futuro. Tenho sorte de fazer algo que amo e viver disso. Minha música tem sido um tipo de diário pessoal, escrevo sobre o que sinto e como vejo o mundo.

Se isso toca alguma alma ou chega ao coração das pessoas, então esse é o verdadeiro sucesso. Nos anos 1980, parte da América do Sul estava restrita a música como a minha e muitos fãs viviam sob ditadura ou estavam saindo dela. Para os outsiders, minha mensagem era poderosa e acredito que ainda seja."

SER DJ - "Amo a liberdade que se tem como DJ. Todo mundo pode fazer um disco em seu quarto ou estúdio e entregá-lo a mim no clube e, se funcionar, posso tocar aquilo. É uma coisa muito punk, direta e instantânea. A dance music está em constante evolução e tem regras próprias, que a distanciam da cena da música pop comercial.

O lado ruim da tecnologia acessível é que há gente demais fazendo o mesmo disco e repetindo idéias na busca de uma fórmula vencedora. Um bom disco de dance só aparece distante do hype, da badalação. Um simples drumbeat pode tornar uma canção dance algo acima das demais. Ninguém pode prever que tipo de música será popular daqui a um minuto. Por isso é excitante.

VISTO NEGADO  - "A América tem governo republicano e sou de outra linha, então não me choca a recusa do meu visto. Mas acho que, desde que paguei pelo meu crime (posse de drogas, em 2006) limpando as ruas de Nova York, deveria poder tocar minha música livremente. Vou fazer turnê lá no ano que vem, quando Obama estará trazendo alguma sanidade para os superpoderes mundiais!".




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