Economia Titulo Veículos
Setor automobilístico investe quase US$ 23 bi até 2013
05/09/2008 | 07:17
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O setor automobilístico vai investir quase US$ 23 bilhões nos próximos quatro anos e chegará a 2013 com uma capacidade produtiva anual de 6 milhões de veículos, cerca de 2,5 milhões a mais do que tem atualmente.

Do total de investimentos previstos, 70% devem vir das montadoras e o restante, das fabricantes de autopeças, segundo projeções feitas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Embora a capacidade prevista para 2013 chegue aos 6 milhões de veículos, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, calcula que a produção efetiva no período será de 5 milhões de unidades.

Para este ano, a previsão é de produção de 3,4 milhões de veículos, número mantido apesar da desaceleração verificada em agosto. Até o mês passado, foram fabricadas 2,32 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, número 20,3% maior que o de igual período de 2007.

As vendas no mercado interno em agosto, de 244,7 mil veículos, representaram a queda de 15,1% na comparação com julho, mas foram 4% melhores que os resultados do mesmo mês de 2007. No acumulado de janeiro a agosto foram vendidos 1,94 milhão de unidades, 26,4% mais que no mesmo período do ano passado.

"Não vejo queda nas vendas, mas um aumento em ritmo menor do que anteriormente e já contávamos com isso", disse Schneider. Até julho, o setor crescia a um ritmo de 30% ao mês. Há uma "acomodação" do mercado, disse o executivo, que também admite efeito do aumento dos juros na redução da demanda.

Até dezembro, a Anfavea projeta vendas de 3,06 milhões de veículos, 24% mais que em 2007. Para 2009, Schneider aposta num ritmo ainda menor, na casa dos 10%.

ESTOQUES - Os estoques de carros encerram agosto com o nível mais alto deste ano, com 251,3 mil veículos nas fábricas e nas concessionárias, o equivalente a 30 dias de vendas, ante uma média anterior de 23 dias.

"Não acho ainda que seja um nível elevado, mas vamos ter de olhar nos próximos meses para entender se é uma questão específica ou uma tendência", disse Schneider.




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