O norte-americano Michael Phelps, que neste domingo entrou para a História ao conquistar sua oitava medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, disse em uma entrevista coletiva que, agora, deseja tentar a sorte em outras provas e deixar de lado as que já domina.
"Gostaria de tentar outras provas, talvez não fazer mais algumas das que fiz aqui. Bob (Bowman, seu treinador) disse que quer começar do zero, fazer coisas que nunca fiz antes, buscar novas formas de trabalhar, testar novos métodos de treinamento. Será divertido", declarou o nadador, de 23 anos.
A oitava medalha veio com o revezamento 4x100 medley, vencido pela equipe dos Estados Unidos com direito a quebra do recorde mundial (03min34s29). Phelps foi o terceiro a cair na piscina, nadando o estilo borboleta.
Antes da final deste domingo, Phelps já havia conquistado o ouro nas finais dos 200m livre (1min42s96), dos 100 m borboleta (50s58), dos 200 m borboleta (1min52s03), dos 200 m medley (1min54s23), dos 400 m medley (4min03s84) e do revezamento 4x100 m (3min08s24).
Com exceção dos 100 metros borboleta, Phelps superou o recorde mundial em todas as outras provas.
"Estou sem palavras desde o revezamento", disse, acrescentando que "soa muito bem" o fato de ter conquistado tudo o que sonhou.
Há ainda, no entanto, um sonho não realizado do jovem fenômeno: ver a natação se tornar um esporte popular nos Estados Unidos, e não algo de que só se ouve falar de quatro em quatro anos.
"Ouvi falar que no estádio dos Ravens (time de futebol americano de Baltimore, cidade natal de Phelps) 75 mil pessoas assistiram à final ao vivo, e que anunciaram o resultado no estádio dos Yankees (time de baseball de Nova York). Acho que esse objetivo está próximo, mas ainda levará tempo para chegar onde eu gostaria que estivesse", explicou.
Perguntado sobre que lembranças levará do 'Cubo D'Água', em Pequim, Phelps respondeu que de tudo um pouco: "memórias, fotografias, cada roupa, cada touca, cada par de óculos".
O item de maior valor para Phelps, no entanto, é o fato de ter participado da "equipe dos Estados Unidos", participar da equipe olímpica, "conhecer meus companheiros, jogar cartas com eles, para relaxar".
Michael Phelps afirmou ainda que, por trás das emoções que sente no pódio, está todo o enorme esforço dos últimos anos, e lembrou de uma professora da escola que disse para sua mãe que ele "nunca daria certo".
A pedido dos jornalistas, o nadador se definiu como alguém "com sorte por ter o que tenho, o talento, a ambição, a paixão pelo esporte".
Por fim, disse que o que quer agora é descansar: "pretendo não fazer nada, sentar no sofá e não me mexer".
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