Cerca de mil trabalhadores do lote 3 da construção trecho sul do Rodoanel - que fica em São Bernardo - iniciaram uma paralisação na última segunda-feira para reivindicar a representação do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário de São Bernardo e Diadema) no canteiro de responsabilidade do Consórcio Queiroz Galvão e CR Almeida. Ao todo, são 1.400 empregados na obra.

Atualmente, os empregados das empresas que atuam no lote 3 são representados pelo Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo), que já fechou acordo coletivo com as empresas.

No entanto, o Sintracom reivindica a representação da base e quer que o consórcio cumpra as cláusulas da convenção coletiva local, com aumento de 15%, PLR (Participação nos Lucros e Resultados), adicional de 70% nas horas extras e ainda fim da jornada de trabalho aos sábados.

"Queremos que a empresa reconheça a representação do sindicato. O caso também está na Justiça e a Superintendência do Trabalho e Emprego de São Paulo marcou uma reunião com os sindicatos para resolver o assunto no dia 11 do próximo mês", afirma Cladeonor Neves da Silva, presidente do sindicato da região.

O Diário procurou a Queiroz Galvão e CR Almeida sobre o assunto, mas ambas pediram para procurar o consórcio (que as próprias constituem) e a Dersa (Desenvolvimento Rodoviários S.A.), órgão do governo estadual.

A Dersa, por sua vez, informou que o consórcio é que fala sobre a paralisação, este que não retornou aos contatos da reportagem.