Laércio Faccirolli, 53 anos, não é farmacêutico, mas da arte de receitar remédios só lhe falta o diploma. Afinal, já são mais de três décadas como dono de farmácia, sempre na Praça da Riqueza, no Prosperidade.

Os fregueses tornaram-se seus amigos, e ele é capaz de gravar qual medicamento cada um deles toma. Sabe, inclusive, quando as cartelas já estão no final. "Está cadastrado no sistema e na memória", brinca. Para Faccirolli, o bairro é a sua segunda família. "Tenho muita amizade com os moradores e não penso em sair daqui."

COM HISTÓRIA - Para José Manoel Pinto, 75, Morar e trabalhar no bairro é praticamente uma tradição familiar. Ele veio de Portugal aos 3 anos e, desde então, nunca mais saiu do Prosperidade. Já faz 40 anos que Pinto comprou um restaurante na Praça Professor Jarbas de Carvalho. Seu avô, Elídio Pereira, foi um dos fundadores do local - ele era dono de uma gleba, dividiu entre os seis filhos. Depois, virou bairro. "Aqui tenho tudo que preciso para ser feliz", diz.