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Lula minimiza impacto da inflação
03/07/2008 | 07:13
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Apesar da elevação dos índices de inflação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, em Curitiba, que a situação do País é "confortável".
"Dentre os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o país que tem menos inflação. Portanto, nós estamos em uma situação confortável, dentro da meta que nós estabelecemos de 4,5%, com dois para cima e dois para baixo", afirmou.

Após anunciar ontem o Plano Agrícola e Pecuário 2008/09, o presidente lembrou que a inflação brasileira é causada, sobretudo, pelo setor de alimentos. Os preços desses produtos têm sido impulsionados pela crescente demanda mundial.

"O que nós temos consciência é que a única e a melhor forma para a gente combater a inflação é aumentar a produção. Quanto mais alimentos nós tivermos, mais nós vamos poder oferecer comida a um preço mais barato", afirmou Lula.

LONGO PRAZO
O presidente também defendeu a idéia de um plano agrícola para o longo prazo em substituição à política atual, que é anunciada todos os anos.

"O que nós queremos, daqui para frente, não é todo ano anunciar um plano. Nós poderemos ter um plano para cinco anos. Na medida em que as regras estão bem estabelecidas, com políticas de seguro e de financiamento, as pessoas já sabem como têm de proceder para plantar", afirmou.

Lula avaliou ainda a Rodada Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio) para liberalização comercial. Na avaliação do presidente, o acordo para destravar as negociações comerciais está próximo.

"Nós temos dito para todos os governantes que, se não fizermos um acordo, não estaremos contribuindo para que haja o fortalecimento da democracia, da paz e, sobretudo, para diminuir a imigração com que os europeus estão preocupados", afirmou Lula.

Mantega admite que ‘subiu um pouquinho'

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que está havendo "um certo exagero" da imprensa ao tratar o atual surto inflacionário. Para ele, "não há necessidade de alarmismo", pois a inflação brasileira "subiu um pouquinho, de 1,5% a 2%", menos que na maioria dos países. E a "situação está sob controle, com o governo tomando medidas que são necessárias para combatê-la".

Mantega assegurou que o governo não tomará medidas para "abortar o crescimento econômico". Ele lembrou que a China e a Índia, mesmo com inflação maior que a brasileira, "estão mantendo o crescimento".

Segundo Mantega, o governo fará "uma pequena desaceleração", que permitirá uma expansão de 4,5% a 5% neste ano. "É exagerado falar no dragão da inflação. Não chega a ser um monstro perigoso (a atual inflação) que pode causar maiores problemas. Esse tipo de análise causa um alarmismo que é fora de propósito. Há uma elevação (dos preços) sim, mas é moderada, de 1,5% a 2%", disse, durante depoimento na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.




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