O futuro do técnico Dunga no comando da Seleção Brasileira está diretamente ligado ao desempenho da equipe no jogo desta quarta-feira, às 21h50, contra a Argentina, no Mineirão. Um tropeço, somando às derrotas para a Venezuela (amistoso) e Paraguai (eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010) - ambos por 2 a 0 - , pode custar o cargo ao treinador.

Apesar do apoio declarado dos jogadores, Dunga já sentiu que o momento não é bom e promete reação imediata. "Temos de nos superar e voltar a jogar como antes", pediu Dunga, consciente de que está no fio da navalha. "Vamos render mais nesse jogo do que contra o Paraguai", prometeu o treinador, que exige a vitória.

O técnico começou a se movimentar logo na chegada a Belo Horizonte. Nas primeiras conversas já prometia mudanças na seleção e, ao que tudo indica, deverá mesmo mexer no time, com as entradas de Anderson na vaga de Josué e Júlio Baptista no lugar de Diego. Mas a mudança poderá ser ainda mais radical. Luís Fabiano pode ir para o banco, com Adriano tornando-se titular.

A vitória pode até amenizar a convivência de Dunga com a torcida, mas não se sabe até quando. O fato é que o capitão do tetra nunca foi unanimidade. Quando assumiu a seleção, em 2006, foi bastante contestado. Em seu primeiro trabalho como treinador, já herdou o lugar deixado por Carlos Alberto Parreira e teve sua capacidade contestada, principalmente porque sob seu comando o Brasil sempre foi excessivamente defensivo.

As críticas só foram amenizadas com a conquista da Copa América, vencendo na final a Argentina.

Agora, a situação também não é tranqüila, a campanha nas eliminatórias não é das melhores. Com oito pontos em cinco jogos, o Brasil está em quinto lugar na competição, ou seja, fora da zona de classificação para o Mundial de 2010, na África do Sul.

Dessa forma, a reação tem de ser rápida e começar nesta quarta-feira contra a Argentina. Caso contrário, pode ser tarde para o técnico Dunga.