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Moto pode ajudar polícia a localizar desaparecida
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
27/06/2008 | 07:20
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A Yamaha Fazer, de 250 cilindradas, usada por Marco Antônio Campos quando sumiu ao lado da ex-namorada, Rosali da Silva Gomes, pode ajudar a polícia a traçar o caminho por onde passaram no dia 13, A moto foi comprada pelo vigilante junto a um conhecido, Márcio Alves Barbosa, 25 anos, e tinha sistema de rastreamento.

Barbosa afirmou ontem que Campos o havia procurado cerca de quatro dias antes do desaparecimento, pedindo para que fosse desligado o equipamento antifurto. "A moto ainda estava no meu nome, com prestações a vencer, e achei melhor assim. Era uma segurança para os dois", explicou.

A próxima vez em que Barbosa recebeu a visita de Campos foi na noite do dia 13, horas depois de Rosali ter feito o contato derradeiro com a família. "Ele passou por aqui sozinho, bastante agitado, pedindo para que eu recebesse a moto de volta", afirma.

O vigilante já havia pago R$ 4.000, além de oito parcelas de R$ 408. Porém, pediu inicialmente R$ 1.000 para efetuar a devolução. Com a recusa de Barbosa, baixou a proposta para R$ 400. Na manhã seguinte, por volta das 6h, ligou para o conhecido e disse que deixaria a moto no estacionamento onde morava, na Rua Duque de Caxias, em Santo André.

O delegado José Neme Júnior, do 6º Distrito Policial de São Bernardo, responsável pelas investigações, afirmou ontem que pode solicitar os dados do rastreador. "Resta saber se, eventualmente, ele mesmo não tirou o equipamento", afirmou.

Sem pistas que levem aos dois, a polícia trabalha com todas as hipóteses possíveis até o momento. O próprio vigilante é suspeito de ter sumido com a ex-namorada, depois de levá-la do Jardim Silvina, em São Bernardo, ao centro de São Paulo. Lá, a jovem fez a integração na empresa onde começaria a trabalhar no dia seguinte.

PERFIL
Campos é descrito pelas pessoas com quem conviveu nos últimos tempos como alguém bastante vaidoso e galanteador, embora levasse uma vida de certa forma solitária, desde que se mudou para o ABC Paulista em 2005.

Casado com uma servidora pública de Canapi (AL) e pai de dois filhos, o vigilante desfilava pelas ruas do Jardim Alice sempre bem vestido, invariavelmente com roupas pretas, óculos escuros e jaqueta de motoqueiro.

O fim do relacionamento com Rosali poderia ter abalado a auto-confiança de Campos. "Aconselhava a partir para outra, esquecer aquilo não fazia bem, mas ele se mostrava relutante, dizendo que não conseguia esquecê-la", explicou Márcia Menezes, 39 anos, proprietária do estacionamento onde o desaparecido morava.

Moradores e colegas de trabalho na Rua Turiassu tem impressões divergentes sobre o vigilante. Para alguns, ele era o rapaz antipático e mal-encarado da moto preta. Para outros, alguém que tinha postura de policial e era bom de conversa, assediado pelas mulheres.




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