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Classe média encontra crédito difícil na Caixa

Nova linha de crédito que tem como fonte recursos do FGTS está em falta nas agências do Sudeste

15/06/2008 | 07:06
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Trabalhadores de classe média em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estão tendo dificuldades para obter financiamentos habitacionais dentro da nova linha de crédito que tem como fonte os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Mas o dinheiro não é suficiente para atender à demanda. Essa modalidade, criada há cinco meses, tem juro máximo de 8,66% ao ano, uma das taxas mais baixas, o que tornou a linha uma das mais procuradas.

Essa modalidade de crédito (pró-cotista) passou a operar em janeiro para quem tem renda mensal acima de R$ 4.900, e é titular de conta individual do FGTS há três anos. O imóvel pretendido deve ter valor de mercado de até R$ 350 mil.

Nas agências da CEF (Caixa Econômica Federal) da região Sudeste, os recursos acabaram. Quem buscou esse tipo de crédito habitacional recebeu a resposta de que pode haver demora de meses para liberação dos pedidos. Mas há Estados em que a Caixa dispõe de orçamento para o ‘pró-cotista'.

Há sobras no Acre, Amapá e Alagoas. Esse dinheiro deverá ser remanejado para locais onde a procura é maior. "É normal fazermos remanejamentos de recursos entre as unidades", disse a secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães. Ela acrescentou que o pedido do ministério será votado pelo Conselho Curador do FGTS no fim do mês.

Para Inês, contribuiu para o esgotamento do orçamento o perfil mais elevado de renda da população ocupada da região Sudeste e o grande número de trabalhadores com carteira assinada.

O orçamento geral de R$ 1 bilhão do FGTS destinado pelo Conselho Curador à linha ‘pró-cotista', por enquanto, não será reforçado com novos recursos do Fundo. Segundo a Caixa, quando a linha foi lançada em janeiro, foram distribuídos R$ 700 milhões do orçamento programado à CEF e os demais R$ 300 milhões estão em poder dos bancos privados, que passaram a se interessar em operar com recursos do FGTS por causa do aquecimento do mercado imobiliário.




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