Política Titulo Retaliação
Delegado poderá sofrer ação de Maninho
Leandro Baldini
Da Sucursal de Diadema
13/06/2008 | 07:04
Compartilhar notícia


O advogado Sebastião de Pádua Pinto Cavalcanti, responsável pela defesa do líder de governo na Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), afirma preparar ações judiciais contra o delegado do 1º DP da cidade, Mário Aidar Franco.

O petista foi preso acusado de formação de quadrilha, ameaça e esbulho possessório por conta de uma invasão a um terreno no bairro Eldorado.

No entanto, o advogado de defesa alerta para a necessidade de aguardar o desfecho do inquérito e do posicionamento do Ministério Público.

No início do mês, Maninho ficou detido por 40 horas, após ser responsabilizado pela invasão de um terreno com a colaboração de aproximadamente cem pessoas. O parlamentar foi solto após um pedido de liberdade provisória.

Na opinião do advogado de Maninho, o delegado foi "arbitrário" e cometeu muitos erros durante toda a ação. "A prova contra o vereador ficou isolada no depoimento da caseira, o que enfraquece o processo. Por isso, vamos adotar medidas para rever o caso, já que houve precipitação do delegado em prender o vereador", afirma o advogado sem mencionar quais irregularidades foram cometidas pelo delegado.

No BO (Boletim de Ocorrência) 3577/2008, registrado no 1º DP, o petista é acusado por Luciana Marcelle Tecchio Mendes, moradora de uma das casas localizadas no terreno invadido.

Por isso, Maninho garante que a caseira e a proprietária do terreno serão os primeiros alvos dos processos que serão impetrados. "Vou mover uma ação contra perdas e danos, já que fui acusado injustamente pela invasão e paguei por isso", destaca.

DEPOIMENTO - No próximo dia 20, no período da manhã, Maninho deverá comparecer ao 1º DP para prestar seu depoimento. Será o primeiro encontro com o delegado Mário Aidar Franco, após a prisão.

Garantindo estar tranqüilo, o petista comenta que prestará todos os esclarecimentos possíveis. "Não tenho nada a esconder e vou responder a todas as perguntas", explica.
Sobre a questão, o delegado, que realiza investigações sobre o caso, salienta que o vereador não é o foco da questão.

"O objetivo é identificar os invasores e os responsáveis pelo furto, como foi registrado no BO. O parlamentar apenas faz parte do processo", disse.

Em relação às ações que pode sofrer, o delegado ressalta: "Agi dentro da legalidade e por isso não temo nenhum questionamento. Vou à Corregedoria e ao Ministério Público com a cabeça erguida".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;