As taxas de juros do financiamento de veículos registraram, em média, ligeira elevação de 0,02 ponto percentual, no mês passado, de acordo com dados da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).  Além da alta - os juros médios passaram de 1,52% mensal em dezembro para 1,54% ao mês em janeiro -, que eleva discretamente o valor das parcelas, concessionários da região assinalam que os bancos seguem rigorosos na avaliação de cadastros de interessados em adquirir carros financiados.  O aumento dos juros não é tão significativo - para financiamento de carro de R$ 30 mil, sem entrada em 36 meses, a parcela fixa passaria de R$ 1.088 para R$ 1.091, ou seja, apenas R$ 3 a mais -, mas a dificuldade de aprovação de fichas cadastrais para compras 100% financiadas atrapalha. "De cada cinco fichas, apenas duas são aprovadas", diz Christian Bittner, gerente de vendas de carros novos de loja de rede Chevrolet em Santo André. Com isso e com outros fatores, como a gradual retirada do incentivo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido - de janeiro a março, a alíquota para carros 1.000, que era 0% no ano passado, agora está em 2% -, e o fato de este mês ser mais curto - tem apenas 19 dias úteis -, as revendas estão cautelosas em relação aos prognósticos de vendas para fevereiro. "O mês começa depois só do Carnaval", afirma Pedro Joaquim Neto, supervisor de revenda Volkswagen em São Bernardo.  As concessionárias programam, em conjunto com as fábricas, promoções para os últimos dias do mês e contam com taxas subsidiadas pelos bancos de montadoras. No entanto, de forma geral, esses percentuais são mais amenos desde que o cliente disponha de valor para dar de entrada. Na loja VW de São Bernardo, o modelo de luxo off road Tiguan tem taxa zero se o consumidor der 60% do valor do carro e financiar o restante em 24 meses. Detalhe: o carro custa a partir de R$ 108 mil.  RECORDE O Banco Volkswagen - o maior banco de montadora do Brasil - fechou 2012 com a marca de 283.749 contratos no financiamento de automóveis, caminhões e ônibus. Foi recorde histórico, que movimentou cerca de R$ 10 bilhões em novos negócios e gerou acúmulo em sua carteira de crédito de R$ 22,4 bilhões. Comparado ao ano anterior, quando o número de contratos fechou em 243.764, a instituição apresenta crescimento de 16,4%. O segmento de automóveis e comerciais leves foi responsável por 259.975 novos negócios do banco, enquanto caminhões e ônibus totalizaram 23.774.