Sabe aquele guia turístico que acorda todo animado e sabe a história de cada canto da cidade que você visita? Aquele que fica no ônibus narrando fatos e acontecimentos dos locais por onde o ônibus passa? O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), encarnou esse profissional no fim de semana. Colocou os conselheiros do Orçamento Participativo dentro de um ônibus, empunhou o microfone e fez verdadeiro city tour, denominado pelo petista de Caravana de Prioridades. “Os conselheiros percorreram a cidade de ônibus e puderam conhecer de perto algumas das principais obras e realizações da nossa gestão, como o CEU das Artes, construção de unidades habitacionais e a Estação de Tratamento de Esgoto”, descreveu o chefe do Executivo. Para auxiliá-lo, convocou secretários de diversas áreas para participar da atividade. Uma dúvida: o coletivo não deve ter passado pelas ruas esburacadas, que na semana passada foram motivo de reportagem deste Diário, passou prefeito? Uma sugestão: em vez de levar os conselheiros do OP, leve munícipes que têm criticado a administração. Vai que eles mudam de ideia! Levantamento do DGABC Pesquisas divulgado dia 15 mostrou que a população deu nota 3,6 (de 0 a 10) a Donisete. Entre os sete comandantes de Paço da região, o gestor mauaense só fica na frente de Saulo Benevides (PMDB-Ribeirão Pires), que recebeu nota 2,7. Ainda assim, Donisete anda animado pela cidade, tal qual guia turístico.

Exemplo
Ontem, no Dia Mundial Sem Carro, os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) fizeram carreatas em municípios da região metropolitana de Belo Horizonte (Minas Gerais). Ambos chegaram às atividades de campanha de helicóptero. Marina Silva (PSB), em agenda no Centro da Capital paulista, utilizou táxi.

Vandalismo
Candidato à reeleição, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) reclama de vandalismo no seu material de campanha. Algumas placas do tucano espalhadas pelos bairros de São Bernardo foram rasgadas e a fachada de seu comitê, no Centro, foi depredada. Ele classifica a ação de antidemocrática e credita o caso ao desespero e ao desrespeito de pessoas ligadas a concorrentes – sem citar nomes. O episódio foi encaminhado para a Polícia Militar.