Política Titulo Gasto desnecessário
Como federal, Ricardo Alvarez defende a extinção do Senado

Pleiteante pelo Psol, andreense levanta bandeira como reforma política

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/09/2014 | 07:24
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Ari Paleta/DGABC


Ex-vereador de Santo André por dois mandatos, o candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados Ricardo Alvarez (Psol) pregou ontem a extinção do Senado. O socialista sinalizou que a Casa é desperdício de dinheiro público e o projeto faz parte do conjunto de propostas que envolvem a reforma política defendida pela sigla. “Essa nova legislatura (na Câmara, de 2015-2018) terá obrigação de mudar esse sistema. É preciso entender a necessidade disso, com partidos mais sólidos e programáticos, ter essa sensibilidade.”

O financiamento público de campanha, fim das coligações proporcionais e mecanismos para facilitar cassação de parlamentares em caso de “problemas criminais” são outros pontos inseridos na reforma proposta por Alvarez. Para o ex-vereador, a reforma de base, “prometida e não executada pelo PT”, também será pilar central do mandato, se eleito. “Teremos de dar choque na Educação do País com investimento pesado nas escolas públicas, desde a creche até o Ensino Superior.”

Professor universitário, Alvarez sugeriu que o governo federal deveria aplicar o total de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em unidades públicas de ensino – a meta atual do Planalto é de 6,4%. Entretanto, o PNE (Plano Nacional de Educação), aprovado no Congresso, determina aporte de R$ 530 bilhões anuais, valor que pode ser atingido em dez anos. Segundo ele, o PNE tem “algumas falhas” ao observar que o pacote inclui instituições privadas e recursos do pré-sal. “O ideal seria que tivesse verba integral, sem dividir o bolo.”

Alvarez foi postulante à Prefeitura de Santo André em 2008, numa eleição protagonizada por Aidan Ravin (PSB) e Vanderlei Siraque (PT), que serão seus rivais novamente no páreo de outubro. No pleito seguinte, de 2010, ele disputou o cargo de deputado federal. Na ocasião, obteve 5.288 votos. “Pelo número de apoios, a projeção é para ser o segundo mais votado do partido”. O Psol elegeu somente Ivan Valente por São Paulo, há quatro anos. Chico Alencar e Jean Wyllys, do Rio de Janeiro, integram a bancada.

O ex-parlamentar, que deixou o Legislativo andreense em 2004, votou para instauração de duas CPIs no período. “Fui o único do PT, à época, a pedir investigação da compra do painel eletrônico.”




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