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Gastos com Educação somam R$ 75 bi neste ano
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
29/01/2013 | 07:24
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Ari Paleta/DGABC


O estudo ainda é artigo de luxo para muitos brasileiros. Quem sonha com um futuro melhor para si mesmo ou para os filhos deve desembolsar grande parte da renda familiar. Neste ano, a previsão é de que os brasileiros gastem R$ 75 bilhões com Educação, 5,6% a mais do que desembolsaram no ano passado (quando foram gastos R$ 62,8 bilhões).

Do total, 81% dos valores devem ser destinados para pagar matrículas e mensalidades - o equivalente a R$ 60,5 bilhões - e o restante (19% ou R$ 14,5 bilhões) para a compra de material escolar, aponta a pesquisa elaborada pelo instituto Data Popular. "A percepção de que o ensino público vem piorando, somada à priorização da Educação dos filhos levam os pais a investirem tudo o que podem na educação das crianças", explica o sócio-diretor do Data Popular Renato Meirelles.

Segundo ele, o brasileiro percebeu que os anos de estudo ajudam a conquistar melhores empregos e, consequentemente, a mudar de vida. "Mesmo as classes emergentes também têm investido em colégios particulares para os filhos, para fugir dos problemas das escolas públicas".

As famílias de classe alta, com renda familiar média mensal a partir de R$ 3.876, são maioria nos gastos com matrícula e mensalidade, com 65%, e nos gastos com material escolar, com 49% (veja arte abaixo).

A classe média (renda familiar mensal média entre R$ 1.100 até 3.875) é responsável por 32% das despesas com matrículas e mensalidades e 40% com os itens escolares. Por fim, a classe baixa, cujo ganho das famílias por mês é de R$ 1.109 no máximo, responde por 3% dos gastos com matrículas e mensalidades e 11% com material.

"As principais vantagens percebidas pelos brasileiros nas escolas particulares é o regime disciplinar mais rígido, que possibilita aos pais acompanharem de perto os estudos dos filhos e a segurança, algo que faz toda a diferença para uma mãe que passa o dia inteiro no trabalho", complementa Meirelles.

Para 95% das pessoas, pagar o estudo é uma forma segura para alcançar um bom futuro; 71% afirmam que a prioridade é a educação das crianças e 62% dos respondentes acreditam que a escola pública vem piorando em termos de qualidade.

O estudo aponta ainda que na distribuição regional dos gastos o Sudeste concentra a maior fatia (53%), seguido pelo Nordeste (18%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%).

Para 2014, o contingente de pessoas pertencentes à classe C que gastam com Educação particular deve aumentar. "Principalmente porque conseguimos perceber transição das pessoas da classe C para a classe B, o que contribuiu para o incremento de gastos nas classes mais altas", conclui o sócio-diretor do instituto.

 




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