Setecidades Titulo Carnaval 2013
Número 7 é a aposta da
Tradição na luta pelo tri

Escola andreense que ganhou duas vezes em 4 anos promete
repetir o que se tornou marca: inovação nos carros alegóricos

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
28/01/2013 | 07:00
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Luiz Roberto Britto Gomes, o Luizinho, ainda lamenta o meio ponto que lhe tirou o título do Carnaval andreense do ano passado. Mas está acostumado: em 2010, foi da mesma maneira. Para repetir 2009 e 2011, quando sua escola, a Tradição de Ouro, foi campeã, apostará em enredo baseado no número sete. E promete repetir algo que se tornou uma marca: a inovação nos carros alegóricos.

"O público espera muito da gente. E gostamos de agradá-los", garantiu. O preciosismo é explicável, afinal, a Tradição aprendeu a vencer desde 2008, quando conquistou o título do Grupo de Acesso e passou a mostrar, a cada ano, efeitos inéditos na Folia. "O pensamento antes era muito arcaico, precisava de uma série de mudanças. E estamos conseguindo fazê-las", destacou Luizinho.

A escola descobriu do que o público gosta e passou a presenteá-lo com surpresas em seus últimos carros alegóricos. Em 2012, foi uma máquina que soltava fogo. Neste ano, o segredo é guardado a sete chaves. A pista, segundo o presidente, está no próprio enredo. Tudo referente ao número será lembrado: os pecados capitais, as maravilhas do mundo e os jogos de azar, entre outros. "Era algo que queríamos fazer há tempos", disse. A internet garantiu a ajuda de carnavalescos cariocas e o resultado, promete, empolgará.

O tri é esperado para melhorar as condições da escola. É a única da cidade sem quadra. O barracão veio apenas em 2011. "E mesmo assim batemos de frente e mostramos um carnaval de qualidade", assegura Luizinho.

Pela fantasia, rainha perde dia de descanso

O amor ao Carnaval move a secretária executiva Amanda Gabriele Santos Freitas, 25 anos. Pelo segundo ano consecutivo, ela estará à frente da bateria da Tradição de Ouro no posto de rainha. E nem mesmo a função de musa a tira das obrigações. Em pleno domingo, ela dava expediente no barracão costurando sua fantasia e das alas que desfilarão.
"Todo mundo tem que ajudar no objetivo. E haja bolhas e calos nas mãos", disse Amanda, rindo.

Moradora do bairro Mauá, em São Caetano, cidade que teve o Carnaval cancelado, a musa foi levada à Tradição há três anos por amigos que frequentavam os ensaios. A simpatia lhe rendeu o posto de princesa já no primeiro desfile. Por isso, garante que não tem como ficar nervosa na hora de entrar na avenida. "Está no sangue, na pele, não tem erro", garantiu Amanda, que sequer seguirá alguma preparação especial. "É muita água e muita academia, não precisa de nada mais."

O reconhecimento do cargo de rainha da bateria é especial. Mas a secretária vai além e faz questão de deixar claras as obrigações do posto que ocupa. "É uma delícia sim, mas ao mesmo tempo tenho um pouco mais de responsabilidade. Temos papel essencial no desfile. E todos os olhos da escola estarão voltados para nós."

A segurança para não fazer feio vem do amor pela maior festa popular do País. "Não tem preço ficar à frente da bateria, sentir sua energia e emoção. Empolga qualquer um."




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